Sofrer é humano. Engana-se quem pensa estar imune ao sentimento, que inclusive pode dar sinais já nos primeiros anos de vida.
Em crianças, o sofrimento costuma ser mais latente em fases adaptativas —após mudança de escola, separação dos pais e no luto por uma pessoa querida ou um animal de estimação, por exemplo. E a terapia pode ser um caminho para ajudar os pequenos a lidarem com essas emoções ou tratar algum tipo de transtorno à saúde mental, que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) afeta de 10% a 20% das crianças e adolescentes.
Como ainda não sabem nomear e entender o que sentem, a ideia é que as crianças encontrem nos psicólogos um interlocutor desses sentimentos. Mas nem sempre tratamento é efetivo ou a melhor escolha.
Assim como para adultos, o êxito depende muito do vínculo entre profissional e paciente. Porém, nos pequenos há outras questões. A psicofobia (preconceito contra quem tem transtornos mentais) de familiares e na escola, por exemplo, é um empecilho. Além de comprometer a adesão da criança à terapia, a situação agrega ainda mais sofrimento psicológico.
A seguir, mostramos quando é necessário uma criança fazer terapia e como evitar que o tratamento se torne um transtorno na vida dos pequenos.