Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance, não somente para ajudá-lo a morrer em paz, mas também para você viver até o dia de sua morte"
A frase de Cicely Saunders, médica britânica, pioneira nos cuidados paliativos, resume a abordagem que visa colocar o paciente com uma doença incurável no cerne do cuidado, respeitando até o último momento os seus desejos e a sua individualidade.
É provável que boa parte das pessoas ainda não saiba o que são os cuidados paliativos —ou só entenda a sua real necessidade após receber um diagnóstico de uma doença grave que ameace a própria vida ou de algum familiar, como câncer. No entanto, o objetivo é oferecer conforto, qualidade de vida e aliviar o sofrimento de quem sofre.
Independentemente da faixa etária ou enfermidade, para os paliativistas morrer é tão importante quanto nascer. Para eles, é preciso viver com qualidade até o último dia e que a pessoa seja vista como um ser humano, muito além da doença.
Quando não é possível mais realizar intervenções médicas que possam curar o paciente, entram em campo os profissionais de cuidados paliativos porque, após um diagnóstico, ainda há muito a se fazer, tanto pela pessoa quanto por seus familiares.