Publicitária, bem-sucedida em sua profissão, ocupando cargo de supervisora de conteúdo de redes sociais de grandes marcas. Simone Bispo, 32, hoje fala sem medo sobre a dermatite atópica. Mas nem sempre foi assim e durante muito tempo a doença trouxe grandes problemas físicos e mentais para ela.
Os primeiros sintomas do problema, raro em adultos, surgiram quando Simone ainda morava em Recife e logo foram associados a uma alergia. "Eram poucas e pequenas lesões no braço, que apareceram após picos de estresse por causa de um relacionamento", conta.
Como a pele seca e áspera e a coceira não melhoravam e começaram a deixar marcas na pele, ela procurou um dermatologista, que a diagnosticou inicialmente com psoríase, enfermidade que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas. "Passei sete meses tratando como psoríase. Melhorava e voltava. Mas as lesões começaram a se alastrar. Achei que tinha algo errado. Ao ser reexaminada e após alguns testes, levando em conta ainda que eu tinha rinite e asma, o médico chegou à dermatite atópica", lembra.
"Muitas vezes o problema é justamente esse: a demora no diagnóstico. O médico fica procurando uma alergia, quando a questão é genética", diz Mayra Ianhez, médica dermatologista e professora da UFG (Universidade Federal de Goiás ).