Acordar, viver e dormir com dor. Esta é a rotina de pessoas que realizam atividades básicas, como respirar ou caminhar, com a presença de um desconforto intenso, frequente e até paralisante.
Invisível aos olhares alheios, ela chega de mansinho (ou do nada, sem avisar) e vem para ficar, causando uma sensação indescritível. Essa dor afeta a rotina, os relacionamentos, a fome, o raciocínio, o humor e até a vontade de viver.
Considerada um mecanismo de defesa do organismo, a dor é classificada como crônica quando persiste por mais de três meses. E, ao passar do limite, é comum que se torne uma doença.
"Geralmente, as dores agudas (provocadas por doenças ou acidentes) que não foram tratadas adequadamente se tornam crônicas. Essa condição afeta e impacta a funcionalidade do indivíduo, tanto a parte psíquica quanto social", destaca João Valverde, chefe do núcleo de dor do Hospital Sírio-Libanês (SP).