Nem gorda, nem sarada. O peso de Danielle Santos, 30, sempre oscilou entre 64 kg e 74 kg. Quando o número na balança estava um pouco acima do normal, a barriga mais saliente, o braço mais grosso e o rosto mais fofinho passavam quase que despercebidos graças ao seu 1,70 m de altura —e nunca incomodaram a hoje consultora de bem-estar.
O peso só se tornou um problema para a paulistana na terceira gestação. Diagnosticada com depressão e síndrome do pânico, Dani passou a descontar os sentimentos negativos na comida e ganhou 27 kg.
"Desenvolvi compulsão alimentar e fome emocional. Passava o dia chorando e comendo de tudo, sem limite", conta. Isso incluía quatro pães no café da manhã e muita massa, fast-food e doces nas outras refeições.
Após o nascimento da caçula, Isadora, a paulistana ainda viveu um período de tristeza —chamado de baby blues. Diante de tanto sofrimento e com 95 kg, a consultora já não se reconhecia mais no espelho: "Foi um choque, nunca tinha engordado tanto. Olhava para o meu corpo, a barriga flácida e deformada, o rosto inchado e me perguntava: 'Quem é essa pessoa?'".
A aparência física não agradava Danielle, mas o estado emocional era o que mais a incomodava. Estava cansada de chorar, de sofrer e de se sentir inferior. Precisava virar a chave e dar um basta na situação.