Não adianta. Somos seres diurnos, ou seja, nosso corpo foi moldado para realizar as funções durante o dia e, à noite, descansar e dormir. É o ciclo circadiano que determina isso durante as 24 horas.
Com a redução da luz solar, o organismo se prepara para dormir. A melatonina, hormônio que induz ao sono, começa a ser produzida em maior quantidade assim que o sol vai embora. Nossa temperatura corporal e a pressão arterial vão diminuindo. É hora de relaxar... Exceto para quem, nessa hora, prepara-se para trabalhar.
Há diversos serviços essenciais que só funcionam no período noturno: algumas pessoas preferem esse horário para realizar suas funções —o maior salário por causa do adicional noturno e o silêncio são alguns dos motivos. Outros indivíduos trabalham à noite por falta de opção e tentam manter o ritmo como dá, até que uma nova oportunidade de emprego apareça.
O ponto é que trocar o dia pela noite, em curto, médio e longo prazo, impacta a saúde. São consequências graves ao organismo do indivíduo. Isso envolve ganho de peso, que pode levar à obesidade, alterações metabólicas, problemas cardiovasculares e cerebrais, além de favorecer o desenvolvimento de depressão e ansiedade.
Você pode gostar de dormir mais tarde e tudo bem, cada um tem suas preferências. Mas passar noites acordado é um caminho arriscado, uma briga constante contra o próprio relógio biológico em que não há como sair ileso.