"E foram felizes para sempre". Imagine ter uma vida assim, como a anunciada nos finais dos filmes. Parece irreal? Mas é exatamente desse jeito que muita gente quer viver. Emendar conquistas, festas e viagens, colecionar sorrisos e elogios, manter-se sempre jovem, ter um corpo invejável, prestígio, dinheiro de sobra e ser amado por todos é o desejo de muitos. Sem nenhum dia difícil entre todas essas coisas boas.
Só que ninguém consegue trazer a perfeição da ficção para a realidade. E é aí que nasce o problema. Começamos uma maratona em busca da felicidade definitiva, eterna ou qualquer outro termo que possa definir esse paraíso. Uma corrida sem descanso para manter um estado de espírito sempre transbordando contentamento e bem-estar.
Vale tudo para alcançar essa felicidade idealizada e supervalorizada nos dias de hoje. Desde conseguir um cargo alto numa empresa concorrida, marcar presença em eventos importantes, ler livros de autoajuda ou comprar os produtos mais caros das vitrines. Ela é tão cobiçada porque funciona como uma chave para entrar no mundo dos vencedores, dos que realmente contam.
Em outras palavras, quem não faz parte do rol dos felizes corre o risco de se sentir à parte desse mundo. O que resta a essas pessoas é ficar num compasso de espera para que a felicidade chegue e não vá mais embora. Mas essa espera tem consequências para a saúde emocional.