Para eliminar a dor, ou ao menos amenizá-la, sobretudo a crônica, em primeiro lugar é preciso saber qual a sua causa, para tratá-la. Caso isso não seja possível, a solução é cuidar do sintoma. A terapia medicamentosa é o pilar, quase sempre em conjunto com medidas não medicamentosas —em algumas situações a cirurgia pode ser necessária.
Há no mercado várias classes de fármacos, lembrando que eles devem sempre ser utilizados com orientação de um médico. Analgésicos, anti-inflamatórios e opióides (derivados da morfina) são os mais recomendados no tratamento da dor aguda por nocicepção, mas também podem ser necessários remédios adjacentes, como relaxantes musculares e antidepressivos.
Quando se trata da dor neuropática e da dor crônica, as indicações são os antidepressivos, os anticonvulsivantes e os miorrelaxantes. Para casos especiais, entram em cena corticosteróides, anestésicos locais, ansiolíticos, bloqueadores de canais iônicos, inibidores de reabsorção óssea, depletores de neurotransmissores excitatórios, dessensibilizadores do sistema nervoso e anticorpos monoclonais.
O tratamento não medicamentoso é feito com medidas complementares e integrativas. Elas incluem exercícios físicos (de fortalecimento, alongamento e flexibilidade), terapia cognitiva comportamental, reabilitação, cinesioterapia, eletrotermoterapia, reeducação da marcha, da postura e do movimento, termoterapia, hipnose e relaxamento, entre outras.
Nos últimos anos, os procedimentos de neuromodulação e medicina regenerativa —alguns ainda são considerados experimentais - começaram a ser indicados no Brasil. Dentre eles, destaque para a estimulação elétrica do sistema nervoso e aplicação de células-tronco do próprio paciente no local lesionado para estimular a regeneração.
Junto a tudo isso, ainda é importante fazer uma mudança no estilo de vida, adotando hábitos mais saudáveis e, para muitos tipos de dor, ajustes ergonômicos no ambiente de trabalho e no lar e correções posturais.