Remover o estigma em torno do corpo da mulher é algo a ser celebrado. Na última década, muitas optaram por parar de tomar a pílula anticoncepcional —antes quase uma obrigação desde o início da vida sexual ativa —, para conhecerem melhor seu corpo e fugir dos possíveis males que o combo hormonal faz ao organismo. Junto com esse levante contra os hormônios vieram à tona o coletor menstrual e até rituais com o sangue menstrual.
É fato que "queimamos sutiãs" constantemente, mas sempre existe o outro lado da moeda. Por mais que a menstruação seja cada vez menos um tabu, é inegável que, para muitas mulheres, junto com o sangue podem vir dores, inchaço, problemas de pele e alterações severas de humor. Aceitar o que é natural pode ser um fardo para elas, que veem a descamação do endométrio como algo incômodo, inconveniente e imprevisível.
A decisão de interromper a menstruação, entretanto, gera dúvidas. Afinal, o que aconteceria com aquele sangue que desce todo mês? É saudável ele não ser "eliminado" e "continuar" no organismo? O uso contínuo de hormônios eleva risco de câncer ou trombose? Para esclarecer essas dúvidas, o VivaBem conversou com especialistas e com mulheres que decidiram parar ou fazem questão de menstruar.