Vamos começar com três dicas: ele já inspirou músicas como "Let It Be", descobertas científicas como a tabela periódica, além de ter ajudado pessoas a lidar com traumas. Estamos falando do sonho, que, diferente dessa charada, está longe de ser desvendado. Mas não por falta de pesquisa.
Cientistas se debruçam há décadas nos mistérios do sonho, e seu vínculo com a espécie humana é ainda mais remoto. Em civilizações antigas, os sonhos embasavam até decisões políticas de autoridades.
Um exemplo vem da Bíblia: em 606 a.C., Nabucodonosor II teria chamado o profeta Daniel para interpretar o que o rei caldeu havia sonhado. Na época, existiam grupos treinados para esse tipo de missão. Sonho era assunto de interesse público e ajudava monarcas a definir os passos de seus governos.
Foi o caráter tecnicista da modernidade que tirou o protagonismo dos sonhos no Ocidente, por volta do século 18. Embora diversas comunidades tivessem mantido a atenção ao sonhar, ele só voltou ao cerne do conhecimento hegemônico no século 20, com a ascensão da psicanálise e o desenvolvimento da neurociência.
O tema é intrigante, mas nebuloso. E tanto mistério divide opiniões entre especialistas.
Há quem entenda que sonhos sejam combinações aleatórias de ideias, e sem função específica. Do outro lado, há os que acreditam no papel cognitivo e reparador do sonhar.
Agora, você confere aqui até onde a ciência já chegou nesse debate.