É possível, não certo, que vacina para covid-19 estará disponível neste ano
A possível vacina da Universidade de Oxford contra a covid-19 pode estar disponível até o final deste ano, mas não há certeza de que isso vai acontecer, disse a principal desenvolvedora da vacina hoje.
A vacina experimental, que foi licenciada pela AstraZeneca, produziu resposta imune em ensaios clínicos de estágio inicial, mostraram dados divulgados ontem, o que preservou as esperanças de que ela pode estar disponível até o final do ano.
"A meta do final do ano para ter a vacina disponível é uma possibilidade, mas não há absolutamente certeza sobre isso, porque precisamos que algumas coisas aconteçam", disse Sarah Gilbert à Rádio BBC.
Ela disse que é preciso demonstrar que a vacina funciona em testes em estágio avançado, que é necessária a fabricação de doses em larga escala e que os órgãos reguladores precisam licenciar a vacina rapidamente para uso emergencial.
"Todas essas três coisas têm que acontecer e se juntarem antes que possamos começar a ver uma grande quantidade de pessoas vacinadas", disse ela.
Os cientistas de Oxford esperam que 1 milhão de doses da potencial vacina sejam produzidas até setembro.
Embora o acordo com a AstraZeneca tenha dado a capacidade industrial para fazer isso, a menor prevalência do novo coronavírus no Reino Unido complicou o processo de provar a eficácia da vacina.
Os testes em estágio avançado estão em andamento no Brasil e na África do Sul e devem começar nos Estados Unidos.
"O crucial é que tenhamos um número suficiente de pessoas expostas ao vírus que também tenham a vacina, para que possamos ter um julgamento adequado sobre se ela evita a doença e permanece segura", disse John Bell, professor de Medicina da Universidade de Oxford, à BBC.
"Estamos esperançosos, particularmente por causa das baixas taxas de incidência no Reino Unido, de que os indivíduos recrutados no Brasil e na África do Sul serão, em última instância, capazes de fornecer os dados."
Não há vacina aprovada contra a covid-19 no mundo e a OMS (Organização Mundial da Saúde) disse que a da AstraZeneca é uma das principais candidatas.
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