Erro de dosagem por 'acaso' pode ajudar na aprovação da vacina de Oxford
Um erro de dosagem se transformou num golpe de sorte para o futuro processo de aprovação da vacina de Oxford, como é conhecido o imunizante contra a covid-19 desenvolvido pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, da Inglaterra.
A AstraZeneca disse hoje que a vacina pode ter até cerca de 90% de eficácia, quando administrada em meia dose, seguida por uma dose completa um mês depois, citando dados de testes em estágio final no Reino Unido e no Brasil, onde os estudos do imunizante são coordenados pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
"A razão de termos tido uma meia dose foi o acaso", disse Mene Pangalos, chefe de pesquisa e desenvolvimento não oncológico da AstraZeneca, à Reuters.
Um grupo maior que havia recebido duas doses completas, tal como planejado, demonstrou um índice de eficácia de 62%, o que levou a uma eficácia geral de 70% nos dois padrões de dosagem.
Por volta da época em que a farmacêutica estava iniciando sua parceria com Oxford, no final de abril, pesquisadores universitários estavam administrando doses a participantes de testes no Reino Unido.
Logo eles perceberam que efeitos colaterais esperados, como fadiga, dores de cabeça ou nos braços, estavam mais brandos do que o esperado, disse ele.
"Então voltamos e verificamos. E descobrimos que eles haviam administrado a dose da vacina pela metade", explicou Pangalos.
Ele acrescentou que a empresa decidiu continuar com a meia dose e administrar a vacina de reforço de uma dose total no momento programado, resultando na eficácia maior, de cerca de 90%, o que pode ajudar o imunizante a ter o seu uso aprovado em vários países do mundo, incluindo o Brasil.
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