EUA defendem benefícios da vacina da Janssen após relatos de síndrome rara
Apesar dos relatos de ocorrência de um raro distúrbio neurológico em pessoas que receberam a vacina da Johnson&Johnson/Janssen contra a covid-19, os benefícios superam os riscos, afirmou um painel de consultores do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos nesta quinta-feira (22).
O FDA, agência reguladora de medicamentos dos EUA, acrescentou na semana passada um aviso sobre a vacina de dose única da Johnson dizendo que os dados sugerem que há um risco maior de desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré nas primeiras seis semanas após a vacinação.
O painel do CDC avaliou os riscos e benefícios da vacina da J&J após relatos preliminares de ocorrência da síndrome em pessoas que haviam tomado o imunizante.
Dada a possível associação entre a doença e a vacina, o CDC irá atualizar suas recomendações ao uso da vacina da J&J para dizer que os pacientes com histórico de Guillain-Barré devem antes buscar saber sobre a disponibilidade de vacinas em duas doses das fabricantes Pfizer e Moderna, afirmou uma autoridade da agência.
O FDA citou 100 relatos preliminares de desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré em pessoas que receberam a vacina da Johnson, incluindo 95 casos graves que necessitaram de hospitalização, e com uma morte reportada.
Na quinta-feira, a Johnson & Johnson disse que os benefícios conhecidos de sua vacina superam os potenciais riscos conhecidos.
Membros de um grupo de trabalho do Comitê de Práticas de Imunização do CDC expressaram "forte apoio" pelo uso continuado da vacina da J&J, afirmou a médica Sarah Mbaeyi, do CDC, durante reunião do painel.
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