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Israel passa a oferecer dose de reforço da Pfizer a maiores de 60 anos

Segundo o premiê Bennett, o presidente de Israel, Isaac Herzog, será o primeiro a receber a dose de reforço - Jack Guez/AFP
Segundo o premiê Bennett, o presidente de Israel, Isaac Herzog, será o primeiro a receber a dose de reforço Imagem: Jack Guez/AFP

Jeffrey Heller *

Em Jerusalém

29/07/2021 15h58Atualizada em 29/07/2021 16h02

Israel começará a oferecer uma terceira dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 a maiores de 60 anos, se tornando o primeiro país do mundo a fazê-lo, na tentativa de desacelerar a disseminação da variante delta do novo coronavírus.

O primeiro-ministro Naftali Bennett, ao lançar a campanha, disse que o presidente de Israel, Isaac Herzog, será o primeiro a receber a dose de reforço, amanhã.

Israel foi um líder na vacinação mundial. Muitos idosos receberam suas doses entre dezembro, janeiro e fevereiro porque eram considerados o setor mais vulnerável da população.

Mas, desde o surgimento da variante delta, o Ministério da Saúde relatou duas vezes uma queda na eficácia da vacina contra infecções e um pequeno decréscimo na proteção a quadros graves.

A campanha de reforço, com doses administradas por organizações de saúde, efetivamente transformará Israel em um teste para a terceira dose, antes da aprovação da agência reguladora dos EUA, a FDA.

"As descobertas mostram que há uma queda na imunidade do corpo ao longo do tempo. O objetivo da dose de reforço é aumentá-la novamente e, assim, reduzir significativamente as chances de infecção e doenças graves", disse Bennett em uma entrevista coletiva.

A Pfizer disse ontem que acredita que as pessoas precisam de uma dose adicional para manter alta a proteção contra o coronavírus. A empresa disse que entraria com autorização de emergência nos EUA para reforçar as doses a partir de agosto.

Um painel de especialistas em vacinação de Israel, que aconselha o Ministério da Saúde, aprovou de forma esmagadora a campanha de reforço na noite de ontem, disse Bennett.

Pessoas com mais de 60 anos que receberam a segunda dose da vacina da Pfizer há pelo menos cinco meses estarão elegíveis.

Cerca de 57% da população de Israel foi vacinada contra a covid-19. Aproximadamente 160 pessoas estão internadas com sintomas graves da doença, e as infecções diárias subiram para mais de 2 mil, depois de apenas alguns casos por dia meses atrás.

* Com colaboração de Dan Williams e Rami Ayyub