Fundo russo diz que é seguro misturar vacinas Sputnik V e AstraZeneca
MOSCOU (Reuters) - Testes que misturaram a primeira dose da vacina russa Sputnik V com uma dose de AstraZeneca revelaram que não há efeitos colaterais graves ou casos subsequentes de coronavírus entre voluntários, afirmou hoje o RDIF (Fundo Russo de Investimentos Diretos).
O teste envolveu 50 pessoas e começou no Azerbaijão em fevereiro, disse o fundo, responsável pela comercialização da Sputnik V no exterior, em um comunicado.
Os resultados completos do teste, incluindo os dados sobre a resposta imunológica produzida pela combinação das vacinas, serão publicados no próximo mês, afirmou o fundo.
Tanto a Sputnik V quanto a AstraZeneca são vacinas de vetores virais que se baseiam em uma primeira dose que é reforçada por uma segunda.
Essas vacinas de vetores virais usam vírus modificados e inofensivos como veículos, ou vetores, para carregar informação genética que ajuda o corpo a construir imunidade contra futuras infecções.
A primeira dose de Sputnik V é baseada no adenovírus tipo 26, enquanto a vacina da AstraZeneca, desenvolvida com a Universidade de Oxford, usa um vetor de adenovírus de chimpanzé.
A Rússia aprovou testes clínicos na segunda-feira (26) que combinam a dose britânica e a da Sputnik V em cinco clínicas russas.
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