Covid-19: terapias de anticorpos perdem eficácia contra ômicron
Pesquisadores alemães descobriram que as terapias com anticorpos contra covid-19 desenvolvidas pela Eli Lilly e pela Regeneron perdem a maior parte de sua eficácia quando expostas à variante ômicron do coronavírus em testes de laboratório.
O grupo de cientistas descobriu que a proteção do Xevudy, o coquetel de anticorpos da GlaxoSmithKline e da Vir, foi mantida em uma exposição à ômicron em um experimento de laboratório, mas este não foi o caso dos anticorpos bamlanivimab e etesevimab, da Lilly, nem dos anticorpos do remédio Ronapreve, da Regeneron.
"A atividade neutralizadora de vários anticorpos monoclonais é fortemente afetada contra a variante ômicron e limitará as opções de tratamento para Covid-19 induzida pela ômicron", disseram os autores do estudo no documento publicado na internet, nesta terça-feira.
As descobertas ainda não foram submetidas à comunidade científica para serem publicadas em um periódico médico.
Indagada sobre as descobertas, a Ely Lilly disse acreditar que a eficácia de sua combinação de anticorpos é menor.
"Devido às substituições contidas na proteína de espigão da variante preocupante ômicron, parece que o bamlanivimab com etesevimab provavelmente resultará em uma atividade neutralizadora reduzida", disse uma representante da empresa.
A Regeneron não comentou de imediato, mas na semana passada um grupo de pesquisadores radicados na Alemanha chegou a uma conclusão semelhante a respeito de seu medicamento, dizendo que a ômicron é resistente a ele.