Histamin: para que serve, como tomar, efeitos e bula completa

Composto pelo fármaco maleato de dexclorfeniramina, Histamin é um medicamento indicado como antialérgico disponibilizado nas formas farmacêuticas de comprimido ou xarope destinado para o tratamento de:

• Alergias;
• Prurido;
• Rinite alérgica;
• Urticária;
• Picada de inseto;
• Conjuntivite alérgica;
• Dermatite atópica (um tipo de inflamação na pele) e eczemas alérgicos (dermatite).

Confira, a seguir, todas as informações encontradas na bula sobre Histamin.

Histamin: para que serve e bula completa

Para que serve o Histamin?

Histamin, que contem em sua formulação o fármaco maleato de dexclorfeniramina, é um antialérgico encontrado em comprimido e xarope, sendo indicado para o tratamento de alergias, prurido, rinite alérgica, urticária, picada de inseto, conjuntivite alérgica, dermatite atópica (um tipo de inflamação na pele) e eczemas alérgicos (dermatite).

Como tomar Histamin?

O medicamento em comprimido deve ser administrado por via oral.

• Adultos e crianças maiores de 12 anos: 1 comprimido de 3 a 4 vezes por dia. Não ultrapassar a dose máxima de 12mg por dia (ou seja, 6 comprimidos por dia). Na apresentação de comprimido é contraindicado para menores de 12 anos.

Xarope:

• Adultos e crianças maiores de 12 anos: 5ml de 3 a 4 vezes por dia. Não ultrapassar a dose máxima de 12mg por dia (ou seja, 30ml por dia).
• Crianças de 6 a 12 anos: 2,5ml, três vezes por dia. Um máximo de 6 mg diários (ou seja, 15 ml por dia).
• Crianças de 2 a 6 anos: 1,25ml três vezes por dia. Um máximo de 3mg diários (ou seja, 7,5ml por dia).

Além disso, seja para o comprimido ou xarope, siga corretamente o modo de usar. Em caso de dúvidas sobre este medicamento, procure orientação do farmacêutico. Não desaparecendo os sintomas, procure orientação de seu médico ou cirurgião-dentista.

Quais as diferenças do uso em adultos e crianças ou bebês?

Histamin comprimido é recomendado para maiores de 12 anos. Já o xarope é indicado para adultos e crianças a partir de 2 anos de idade.

Precaução: o uso deste medicamento em pessoas com mais de 60 anos poderá causar maior sonolência, vertigem e pressão baixa.

Já o uso em crianças, assim como qualquer outro antialérgico, pode causar excitação.

Quais os possíveis efeitos colaterais e reações do Alektos?

Reações comuns (ocorrem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): sonolência leve ou moderada durante o uso.

Reações raras (ocorrem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): Cardiovasculares: pressão baixa; dor de cabeça; palpitação.

Gerais devido ao uso de antialérgico: urticária; prurido; erupções na pele; sensibilidade na pele quando exposta ao sol; aumento do suor no corpo; calafrios; fraqueza; choque anafilático (reação alérgica grave).

Gastrintestinais: azia; desconforto gástrico; constipação; náusea.

Geniturinários (órgãos genitais e urinários): dor ao urinar; aumento do ato de urinar; alterações no ciclo menstrual.

Hematológicos: anemia hemolítica (doença autoimune em que os glóbulos vermelhos são destruídos pelo próprio corpo); anemia hipoplásica (doença em que as células da medula óssea são danificadas, o que pode causar baixa na quantidade de glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas); trombocitopenia (doença nas plaquetas, que são estruturas ligadas à cicatrização de feridas e reparação dos vasos sanguíneos) e agranulocitose (doença causada pela insuficiência ou completa falta de glóbulos brancos do tipo granulócito no corpo).

Neurológicos: visão borrada; nervosismo.

Respiratórios: espessamento das secreções brônquicas; compressão do tórax; desconforto nasal; dificuldade respiratória.

Caso surja o aparecimento de alguma destas reações adversas, informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico. Informe também à empresa por meio do seu serviço de atendimento.

Histamin dá sono?

Sim. Poderá ocorrer sonolência leve ou moderada durante o uso deste medicamento. Por isso, durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Quais as contraindicações do Histamin? Quem não deve tomar?

Este medicamento é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula ou a outros anti-histamínicos de estrutura química similar.

Além disso, Histamin, assim como os demais anti-histamínicos, não deve ser usado em prematuros ou recém-nascidos e em pacientes que estão fazendo uso de inibidores da monoaminoxidase - IMAOs - (exemplos: medicamentos contendo Isocarboxazida, Moclobemida, Fenelzina, Selegilina e Tranilcipromina).

Vale saber também que este medicamento na forma de comprimido é contraindicado para menores de 12 anos.

Grávida pode tomar Histamin?

De acordo com informações da indústria farmacêutica que fabrica o medicamento, a segurança durante a gravidez ainda não foi comprovada. Ainda assim, Histamin poderá ser utilizado durante os primeiros dois trimestres de gestação somente se claramente necessário e sob estrito acompanhamento médico.

Em contrapartida, este produto não deverá ser utilizado durante o terceiro trimestre de gestação, já que recém-nascidos e prematuros poderão apresentar reações severas aos anti-histamínicos.

Vale saber também que não foi comprovado se o maleato de dexclorfeniramina é excretado no leite materno e, portanto, deve haver precaução na administração a mulheres que estão amamentando.

Portanto, fica aqui o reforço: Histamin não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Interação medicamentosa: pode tomar Histamin com outros medicamentos?

O uso junto com os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), prolongam e intensificam os efeitos dos anti-histamínicos, como o Histamin, podendo ocorrer pressão baixa grave.

Já o uso de anti-histamínicos com álcool e medicamentos para depressão, pode potencializar os efeitos sedativos.

A ação dos anticoagulantes orais pode ser diminuída por anti-histamínicos.

Depressores do sistema nervoso central como sedativos, hipnóticos e tranquilizantes, podem potencializar os efeitos sedativos de Histamin.

Interações em testes laboratoriais

Comunique seu médico ou farmacêutico se você for fazer algum teste de pele para detectar alergia. O tratamento com Histamin deverá ser suspenso dois dias antes da execução do teste, pois este medicamento poderá afetar os resultados.

Portanto, informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

Que cuidados são necessários ao tomar o Histamin?

Mantenha este medicamento fora do alcance das crianças e animais domésticos. Não permita que outra pessoa utilize este medicamento e não o utilize para tratar outras doenças. Além disso, não utilize este produto com maior frequência ou em doses maiores do que o recomendado na bula.

Se você teve qualquer alergia séria ou qualquer reação incomum a outro produto para alergia, tosse ou resfriado, ou se você desenvolveu algum tipo de reação enquanto estava tomando Histamin, entre em contato imediatamente com seu médico ou farmacêutico antes de continuar o tratamento com este produto.

Histamin pode afetar o comportamento de algumas pessoas, tornando-as sonolentas, com tontura e estado de alerta diminuído. Por isso, tenha certeza de como você reage a este medicamento antes de realizar atividades que possam ser perigosas se você não estiver em alerta, ou seja, sem sono.

Não se esqueça também de dizer ao seu médico ou farmacêutico, antes de iniciar o tratamento com este produto, se você tiver alguns dos problemas abaixo. Isso porque, caso você tenha uma das enfermidades a seguir, este medicamento deverá ser usado com cautela.

• Glaucoma ou algum outro problema ocular;
• Problemas no intestino ou estômago;
• Úlcera;
• Próstata aumentada;
• Entupimento das vias urinárias ou dificuldade em urinar;
• Doença no coração;
• Pressão alta;
• Problemas na tireoide ;
• Problemas respiratórios.

Histamin comprimido contêm corantes que podem, eventualmente, causar reações alérgicas. Além disso, este medicamento pode causar doping (em esportistas).

Os antialérgicos têm efeito aditivo com o álcool e outros depressores do Sistema Nervoso Central, como sedativos, hipnóticos e tranquilizantes.

Qual a eficácia e como o Histamin age?

Histamin comprimido possui seu início de ação em até 30 minutos depois do uso do medicamento. Vale saber também que a dexclorfeniramina possui ação anti-histamínica mais prolongada, com duração de até 48 horas.

Sobre a eficácia de Histamin

De acordo com informações de estudo científico¹, 23 pacientes com urticária crônica foram tratados com cinarizina, dexclorfeniramina e placebo em um estudo duplo-cego, cruzado.

O resultado do estudo apontou que, na comparação ao tratamento com placebo, tanto a cinarizina como a dexclorofeniramina causaram uma melhora estatisticamente significativa dos sintomas clínicos.

Por outro lado, não ocorreram diferenças significativas entre cinarizina e dexclorfeniramina, que foram igualmente eficazes no tratamento de urticária crônica.

Já um estudo duplo-cego², que foi realizado com 65 pacientes que apresentavam rinite sazonal e que tinha como intuito comparar a eficácia e tolerância de terfenadina e dexclorfeniramina, teve como resultado que tanto a terfenadina como a dexclorfeniramina produziram bom ou excelente alívio dos principais sintomas em 78% e 73% dos pacientes, respectivamente.

E em um outro estudo³, 6mg de maleato de dexclorfeniramina foi comparado com 60mg de terfenadina para a eficácia no controle dos sintomas da febre do feno Ragweed (doença marcada pela presença de rinite e conjuntivite alérgicas juntas), bem como a tolerância e a ocorrência de reações adversas. O estudo apontou como resultado que a dexclorfeniramina nas doses testadas foi significativamente mais eficaz no controle dos sintomas da febre do feno do que a terfenadina.

Referências:

1. Kalimo K, Jansen CT. Treatment of chronic urticaria with an inhibitor of complement activation (cinnarizine). Ann Allergy. 1980; 44(1):34-7.

2. Pastorello EA, Ortolani C, Gerosa S, et al. Antihistaminic treatment of allergic rhinitis: a double-blind study with terfenadine versus dexchlorpheniramine. Pharmacother. 1987;5(2):69-75.

3. Gutkowski A, Del Carpio J, Gelinas B, et al. Comparative study of the efficacy, tolerance and sideeffects of dexchlorpheniramine maleate 6 mg b.i.d. with terfenadine 60 mg b.i.d. J Int Med Res. 1985:13(5):284-8.

Precisa de receita médica para comprar Histamin?

Não precisa.

Como armazenar o Histamin?

É indicado conservar o medicamento em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.

O que fazer caso tenha esquecido de tomar o Histamin?

Se você se esquecer de tomar uma dose na hora certa, tome-a assim que possível e depois reajuste os horários, de acordo com esta última tomada, continuando o tratamento de acordo com os novos horários programados. Não dobre a dose para compensar a dose esquecida.

Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

O que fazer em caso de superdosagem:

Na ocorrência de superdose, o tratamento de emergência deve ser iniciado imediatamente. A dose letal de dexclorfeniramina estimada no homem é de 2,5 a 5,0mg por Kg.

É importante considerar as medidas padrão para remoção de qualquer droga que não foi absorvida pelo estômago, tais como: absorção por carvão vegetal ativado administrado sob a forma de suspensão em água e lavagem gástrica.

O agente preferido para a lavagem gástrica, em crianças, é a solução salina fisiológica. Já em adultos, poderá ser usada água filtrada. Entretanto, antes de realizar uma próxima lavagem, deverá ser retirado o maior volume possível do líquido já administrado. Os agentes catárticos salinos atraem água para o intestino por osmose e, portanto, podem ser valiosos por sua ação diluente rápida do conteúdo intestinal.

Após realizar este tratamento de emergência, o paciente deverá permanecer sob observação clínica.

Então, em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível.

Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Fonte: Revisão técnica do texto feita por: Dra. Maria Aparecida Nicoletti, farmacêutica responsável pela FARMUSP-FCF/USP (Farmácia Universitária da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo)