É bastante comum que as pessoas procurem a terapia (ou psicoterapia) em momentos de angústia e depressão. No entanto, buscar a ajuda de um profissional contribui com a manutenção da saúde mental e ajuda a viver com mais equilíbrio.
Nem sempre é fácil reconhecer que há algo errado com nossas emoções. Muitas vezes, é importante ter autoconhecimento e disposição para avaliar os comportamentos e os sentimentos que incomodam.
O processo terapêutico é algo demorado e ajuda a lidar de uma forma mais amena com os problemas do dia a dia. Por isso, vale a pena investir na psicoterapia em diferentes momentos da vida. A seguir, veja 11 sinais de que seria bom começar a fazer.
1. Sentimentos à flor da pele
É normal sentir raiva, medo ou tristeza. Porém, quando esses sentimentos estão exacerbados e atrapalham a rotina, a terapia ajuda a entender o que está acontecendo (ou aconteceu). Além de contribuir com as estratégias de enfrentamento de conflitos internos.
2. Mudanças de humor
As oscilações de humor indicam que algo não vai bem com a saúde mental. O transtorno bipolar, por exemplo, causa mudanças bruscas no temperamento. Além disso, a depressão, transtorno de personalidade borderline também provocam variação do estado emocional.
Situações traumáticas limitam a vida da pessoa, uma vez que acompanham sentimentos de ansiedade, irritabilidade, tristeza e desamparo. Sendo assim, sofrer um trauma reduz as chances de a pessoa estabelecer relacionamentos positivos e manejar suas emoções.
3. Conviver com um trauma
Deixar de ser produtivo no trabalho pode estar relacionado a problemas emocionais ou ocorrer devido a transtornos mentais. A pessoa fica desatenta, desmotivada ou ansiosa. Isso atrapalha o rendimento e a concentração.
4. Queda da produtividade
Algumas pessoas escolhem um parceiro que segue um padrão de comportamento: são ciumentos, agressivos ou egoístas. Além disso, quem está deprimido, é ansioso, estressado ou se irrita facilmente, e pode ter problemas para se relacionar com as pessoas.
5. Problemas no relacionamento
Ter uma visão negativa de si mesmo é um sinal de baixa autoestima ou depressão. Geralmente, as pessoas se sentem incapazes ou pensam que não são boas o suficiente nos relacionamentos, trabalho e até fisicamente. A terapia ajuda a reconhecer esses sentimentos negativos e trabalha o amor próprio.
6. Baixa autoestima
7. Desmotivação
Pessoas desmotivadas podem estar estressadas, ter síndrome de burnout (exaustão extrema causada pelo trabalho) e diferentes transtornos psiquiátricos como a depressão. Também é comum que surja apatia, ou seja, desinteresse pelo o que acontece ao redor.
8. Pensamentos negativos
Pessoas deprimidas costumam a distorcer informações com um viés para a negatividade. Também ficam “presas” a lembranças de experiências dolorosas, ou seja, ruminando os pensamentos negativos.
Algumas pessoas deprimidas apresentam alterações de apetite (comem muito ou pouco), têm insônia ou dormem demais. Além disso, há perda de energia, fadiga, culpa, baixa capacidade de concentração, lentidão ou até mesmo dificuldade para resolver problemas.
9. Alterações no apetite e sono
O luto é um processo natural e esperado após o rompimento de um vínculo importante. Buscar um terapeuta é necessário quando há incapacidade de seguir adiante, tristeza profunda ou atrapalhar a rotina, mesmo após alguns meses da perda.
10. Dificuldade para enfrentar o luto
11. Abandonar o autocuidado
Não ter mais vaidade ou abandonar os cuidados de higiene, como deixar de tomar banho, pode indicar um problema emocional. Nesses casos, é comum aumentar o consumo de álcool ou drogas, pular refeições e ter impulsos destrutivos.
Há diversas abordagens terapêuticas disponíveis para diferentes perfis. Também há a possibilidade de fazer terapia em grupo. Algumas universidades de psicologia também oferecem atendimentos gratuitos ou com preços mais acessíveis.
Fontes: Cristiane Castanho, psicóloga e supervisora do IPq (Instituto de Psiquiatria) do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Vanessa Karan, psicóloga da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Liliana Seger, psicóloga clínica e especialista em terapias cognitivas pela FBTC (Federação Brasileira de Terapias Cognitivas).