quero café!
Conheça 7 efeitos
da cafeína no seu organismo
Por Chloé Pinheiro
A cafeína é considerada uma das substâncias psicoativas mais antigas e consumidas do mundo, mas seus efeitos vão além do cérebro. Descubra o que pode acontecer no seu corpo quando você ingere xícaras de cafézinho ou outras fontes do composto, como os chás verde, preto e mate
Já quem toma mais café pode ficar "dessensibilizado", e precisar de doses maiores para sentir efeitos positivos ou negativos
Os efeitos da cafeína que listamos à seguir variam conforme a sensibilidade e a composição corporal de cada um. Para alguns, como mais velhos ou pessoas que não estão acostumadas, uma dose pequena pode despertar essas reações
De absorção rápida, a cafeína atua na liberação de hormônios como a noradrenalina e a adrenalina, com ação estimulante no sistema nervoso central. Isso pode gerar mais disposição e sensação de estar desperto, mas varia conforme a dose e a composição corporal de cada um
1. Mais disposição
Em altas quantidades, a cafeína pode ter alguns efeitos colaterais, como taquicardia, que é a aceleração dos batimentos cardíacos, além da sensação de ansiedade e irritabilidade, os famosos “nervos à flor da pele”. Quem não está acostumado pode sentir mais efeitos colaterais
2. Taquicardia e irritabilidade
Uma das ações estudadas no sistema nervoso central é melhorar as conexões entre os neurônios e aumentar os níveis de dopamina em circulação, neurotransmissor ligado ao humor, ao foco e à capacidade de manter a concentração. A memória também se beneficia
3. Mais foco e concentração
Estudos mostram que a cafeína (entre 3 e 6 mg por quilo corporal) aumenta a performance nos treinos. Mas a suplementação é contraindicada, pois a dose concentrada das cápsulas pode levar a arritmias e outros problemas cardíacos em algumas pessoa que sequer sabem que têm propensão
4. Melhora no treino
A cafeína estimula a produção de secreções como o ácido clorídrico no aparelho digestivo, além de irritar as mucosas, espécies de paredes que revestem os órgãos. Assim, algumas pessoas podem ter refluxo e gastrite ao ingerir a substância. Neste caso, é preciso reduzir ou cortar o consumo
5. Estômago irritado
Por outro lado, o cafézinho de cada dia pode facilitar o momento da evacuação. Isso porque a cafeína estimula os movimentos peristálticos, que “empurram” o cocô no intestino. Mas ela não é a única responsável – estudos em ratos demonstraram que a versão descafeinada também dá essa ajudinha
6. Pode melhorar o intestino preso
Isso também varia de acordo com a sensibilidade de cada um e a quantidade tomada, mas o efeito da cafeína pode durar horas e horas. Se você tem dificuldades para dormir, evite tomar a partir do meio da tarde, pois o efeito estimulante atrapalha a chegada do sono
7. Insônia
Durante muitas décadas, se acreditou que a cafeína teria efeito termogênico, isto é, poderia fazer o corpo gastar mais calorias e acelerar o processo de emagrecimento. Mas essa história já caiu por terra - nenhum alimento ou nutriente é capaz de acelerar o metabolismo por si só
Cafeína emagrece?
Não é bem assim
A cafeína exerce uma espécie de efeito viciante. Por isso, algumas pessoas acostumadas a tomar café relatam ter dores de cabeça ao diminuir as xícaras. E lembra da dessensibilização à cafeína? Isso significa também que o cérebro precisará de doses maiores para sentir efeitos positivos
Falta causa dores de cabeça e mais
Isso é muito individual, mas os estudos sugerem uma média de 300 mg ou 400 mg de cafeína ao dia, o equivalente a cerca de quatro xícaras de café ao dia. Acima de cinco, os efeitos colaterais ficam mais evidentes.
Cafeína tem limites!
Cafeína tem limites!
- Café expresso (50ml) ou coado (150 ml) = 80 e 100mg
- Chá preto (230ml) = 85ml
- Chá verde (230ml) = 50mg
- Chá mate (230ml) = 30mg
- Refrigerantes sabor cola (350 ml) = 30mg
- Energéticos (250ml) = 80mg
- Chocolate amargo (30g) = 24mg
Outras fontes de cafeína
Edição: Nathalie Ayres
Reportagem: Chloé Pinheiro
Fontes: Dan Waitzberg, nutrólogo da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e professor da USP (Universidade de São Paulo); Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista do HCor (Hospital do Coração); Fernanda Maluhy, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Regina Pereira, nutricionista diretora do Departamento de Nutrição da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo)
Publicado em 23 de julho de 2020
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