O processo de envelhecimento, na maioria das vezes, é algo gradual e ocorrem mudanças no organismo que aumentam os problemas de saúde. A diminuição da capacidade física e algumas doenças podem levar o idoso a se tornar dependente.
Muitas vezes, os idosos precisam de ajuda para realizar atividades simples do dia a dia como higiene pessoal, se alimentar, ir ao médico e tomar medicações. Em alguns casos, é preciso dedicação integral ao familiar, que pode estar acamado ou com alguma demência.
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Nem sempre a família consegue pagar um profissional para cuidar do idoso. Por isso, geralmente essa função fica com alguém que tenha um vínculo afetivo com a pessoa. Isso provoca um desgaste físico e até mesmo mental.
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Essa situação é chamada pelos especialistas de estresse do cuidador. Estima-se que 80% dos cuidadores de idosos sejam mulheres. A seguir, veja 10 dicas para evitar a sobrecarga física e emocional.
O primeiro passo é estabelecer uma rotina de cuidados reais, ou seja, fazer o que é necessário e não buscar a perfeição. Geralmente, o cuidador precisa aprender a cuidar de um idoso ou familiar que ficou dependente. Conseguir ter horários para as atividades ajuda na organização dos cuidados e facilita o dia a dia.
1. Estabelecer uma rotina
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É comum que os cuidados fiquem focados em apenas uma pessoa (cuidador primário). Mas é importante buscar ajuda de outros familiares e até mesmo de amigos. Vale levar a pessoa que precisa de cuidado para uma caminhada, ao médico ou fazer compras e ajudar com a limpeza da casa.
2. Dividir as tarefas
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Descuidar da saúde e se colocar em segundo plano são situações comuns para os cuidadores de idosos. É fundamental fazer exames de rotina, se alimentar adequadamente, conseguir dormir bem e ter um tempo para se cuidar.
3. Não abandonar o autocuidado
Mesmo com pouco tempo, vale a pena reservar alguns minutos do dia para atividades prazerosas. Pode ser ler, ver um filme ou série, cuidar do jardim ou preparar o prato predileto. Buscar se distrair e tirar o foco dos cuidados ajuda a manter a saúde mental.
4. Atividades de lazer
Quem assume a responsabilidade de cuidar de um ente querido, pode se sentir culpado ao se ausentar. Muitos também acreditam que não estão fazendo tudo da melhor maneira possível ou que deveriam ter mais paciência e tempo. Evitar a culpa é fundamental para ficar bem e não adoecer.
5. Evitar a culpa
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Saber que existem pessoas na mesma situação ajuda bastante. É importante desabafar e dividir as experiências com outros cuidadores. Algumas instituições oferecem encontros virtuais e psicólogos e terapeutas podem indicar onde encontrar esse apoio.
6. Encontrar grupos de apoio
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Uma das funções dos cuidadores é tomar decisões pelo outro, mas é importante dar autonomia aos idosos, sempre que possível. Pode ser escolher o que desejam comer ou vestir, por exemplo.
7. Dar autonomia ao idoso
8. Acompanhamento psicológico
A terapia contribui com o autoconhecimento e a entender melhor os sentimentos de culpa, medo e tristeza. Muitos cuidadores também apresentam depressão e ansiedade. Procurar um psicólogo ajuda a manter a saúde mental e a entender as suas responsabilidades e funções, sem deixar de lado o autocuidado.
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Normalmente, o cuidador, que se dedica exclusivamente ao idoso ou familiar, tende a perder contatos com os amigos. Muitas vezes, não sobra tempo para manter outros relacionamentos. No entanto, essa atitude é prejudicial para o bem-estar emocional.
9. Evitar o isolamento
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Em alguns momentos, surge uma depressão intensa ou comportamentos agressivos e/ou desrespeitosos em relação ao idoso. Nesses casos, é fundamental avaliar se não é melhor buscar a institucionalização. Isso permite que ele receba os cuidados necessários. A decisão não é fácil e deve ser individual.
10. Reconhecer o limite
Geralmente, o problema é identificado pelo geriatra que cuida do idoso ou durante a terapia. O cuidador com sobrecarga pode ter depressão, ansiedade, insônia e estresse extremo. Surgem sintomas como taquicardias, enxaquecas, dores de estômago e imunidade baixa.
Como identificar?
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Fontes: Paulo Camiz, geriatra e professor da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); Juliana Yokomizo, psicóloga e colaboradora do Proter (Programa Terceira Idade) do IPq-HC (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas) da FMUSP e Flávia de Paula Soares, professora do curso de psicologia da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).