SAÚDE BUCAL

Dor na mandíbula? Veja 6 exercícios para aliviar incômodo em casa 

Por Luiza Vidal

Tensão, estresse, bruxismo...Todas essas condições podem causar uma dor na região da mandíbula. Você já sentiu algum dia? Ela é incômoda e, caso não tratada, pode evoluir para outras regiões do corpo, como pescoço e ombros. Mas essas dores podem ter definições diferentes...

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É o conjunto de distúrbios musculoesqueléticos associados principalmente com a mastigação. Os sintomas mais comuns são: dor crônica, fadiga, sensibilidade nos músculos mastigatórios, ruídos e limitação do movimento da articulação temporomandibular, que liga o maxilar ao crânio. 

DTM (Disfunção Temporomandibular)

Engloba diversas dores na face, incluindo a DTM, além das regiões da cabeça, pescoço, boca e mandíbula. Pode ser causada pela dor de dente, nos tecidos periodontais (gengivas, por exemplo) e nos nervos, traumas, tumores, bruxismo, apertamento do dente, estresse e ansiedade. 

Dor orofacial

Com episódios repetitivos que não passam com medicações por mais de uma semana e, principalmente, associado ao bruxismo (ranger de dentes). 

Você deve se preocupar...

 O pior estágio é quando atinge as ATM, articulações responsáveis pelos movimentos da mandíbula. Além de dores , o paciente pode evoluir para desarranjos articulares e doenças degenerativas, necessitando de cirurgia. Então, fica a dica: o melhor remédio é a prevenção. 

Felipe Afonso, cirurgião-dentista

O não tratamento pode causar desgastes dentários excessivos e resultar num desequilíbrio da oclusão (mordida normal) e do sistema estomatognático --responsável pela mastigação, fala, expressões faciais, entre outros. Também pode evoluir para pescoço, ombros, além de causar dores de cabeças constantes. 

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Em caso de persistência da dor por mais de uma semana, a pessoa deve procurar um profissional especialista para realizar uma avaliação para diagnóstico preciso e tratamento eficaz . Isso envolve uma equipe multidisciplinar: fisioterapeuta, dentista especialista em DTM e DOF, médico de dor e psicólogo.

Jecilene Rosana Costa Frutuoso, fisioterapeuta

Os próximos exercícios auxiliam no alívio da tensão, mas não devem substituir a consulta com um  especialista. Cada movimento deve ser realizado lentamente de 6 a 10 vezes e duas vezes ao dia.  Confira:

Agora, para relaxar...

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Movimente os ombros para cima para baixo -- juntos e separadamente. Depois, faça movimentos circulares para frente e para trás, um ombro de cada vez.

1. Ombros

Arquivo pessoal

Movimentos com a cabeça para os lados e, depois, para cima e para baixo. Em seguida, “deite” a orelha nos ombros, aproveitando para alongar a musculatura da região.

2. Cabeça

Arquivo pessoal

Coloque a língua no céu da boca, atrás dos dentes superiores. Faça um movimento de abrir e fechar a boca -- respeitando o limite de abertura fornecido pela língua.

3. Língua

Arquivo pessoal

Faça um "bico" com a boca, empurrando os lábios para frente. Depois, sorria em “U”, mostrando os dentes. Por fim, intercale ambos movimentos.

4. Lábios

Arquivo pessoal

Com dois dedos, massageie com movimentos circulares a região da face, conforme mostra o vídeo. 

5. Massagem

Arquivo pessoal

Não é bem um exercício, mas a bolsa quente ajuda a relaxar a região, por conta do calor que promove a vasodilatação. É indicado para dores da contratura e apertamento muscular, além da dor crônica há mais de uma semana. 

6. Use bolsa de água

Arquivo pessoal

Dependendo da causa, os especialistas podem indicar os seguintes tratamentos: 
- Uso de placa para bruxismo;
- Fisioterapia;
- Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea;
- Terapias psicológicas;
- Remédios;
- Botox (apenas em alguns casos, com cautela, e em conjunto com outras terapias)

Tem salvação!

 Fontes: Felipe Afonso, cirurgião-dentista com residência em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial pela USP e professor e pesquisador em odontologia digital da Universidade Potiguar (RN); Jecilene Rosana Costa Frutuoso, fisioterapeuta especialista em técnicas posturais e cabeça-pescoço, mestre e doutora em ciências pela Unifesp (Universidade Federal de SP) e professora da ABO (Associação Brasileira de Odontologia).

Edição de vídeo: Carol Malavolta

Reportagem: Luiza Vidal

Edição de texto: Bárbara Paludeti

Publicado em 2 de junho de 2021