É comum que os idosos usem muitos medicamentos no dia a dia. No caso de doenças crônicas, devem ser ingeridos por períodos prolongados. Há ainda pessoas que tomam vitaminas e suplementos sem receita médica.
Quando a quantidade de remédios atinge mais de quatro por dia, a situação é chamada de polifarmárcia. Essa atitude causa interações medicamentosas, uso inadequado e aumenta o risco de quedas, internações e mortes em idosos.
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Com o envelhecimento, há uma diminuição das funções metabólicas do organismo e perda muscular. Dessa forma, os idosos ficam mais suscetíveis à toxicidade de alguns medicamentos.
Alguns idosos com deficiências visuais ou doenças neurodegenerativas podem precisar de supervisão de familiares ou cuidadores para se medicar. A seguir, veja alguns cuidados com a medicação dos idosos.
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Os medicamentos também têm prazo de validade! É fundamental checar essa informação, pois isso garante a eficácia do remédio e minimiza problemas. Caso esteja vencido, realize o descarte adequado.
1. Checar a validade
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Quanto maior o número de medicamentos, maior é o risco de confundir as doses e os horários. Vale a pena fazer uma lista, separando por categorias. Existem organizadores com tampa para ajudar na identificação.
2. Organização
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É importante guardar os medicamentos em um local seguro e de fácil acesso. Eles devem ficar longe da exposição da luz, calor e umidade. O ideal é manter em gavetas ou armários, mas a cozinha e o banheiro não são apropriados.
3. Armazenamento
É preciso ingerir os medicamentos de acordo com as instruções do médico. O idoso não deve “pular” doses ou parar de tomar o remédio por conta própria. Qualquer efeito colateral deve ser comunicado ao especialista.
4. Seguir a prescrição
Outro cuidado importante é se atentar para a quantidade, a frequência e os horários que os medicamentos devem ser ingeridos. A dosagem varia de acordo com o peso e a idade.
5. Dosagem e horários
Na hora da compra, é fundamental seguir a receita médica. Há diversos tipos de medicamentos: comprimidos, xaropes, pó solúvel em água, supositórios, entre outros. O geriatra indica a forma que eles devem ser administrados.
6. Formas de uso
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Vale a pena manter as embalagens e bulas para consultar efeitos colaterais e outras informações sobre o medicamento. Sempre que possível, organize esses itens separadamente para consultá-los quando precisar.
7. Embalagens e bulas
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Se o medicamento é de uso contínuo, é fundamental garantir que o idoso não fique sem as doses. Verifique regularmente a quantidade de remédios disponíveis e reabasteça quando necessário ou solicite uma nova receita.
8. Planejamento
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O geriatra deve fazer uma revisão dos medicamentos usados pelos idosos durante a consulta. Se for necessário, ele pode suspender alguns fármacos. O especialista considera os efeitos colaterais, interações e necessidade dos remédios.
9. Desprescrição
Fontes: Marco Túlio Cintra, geriatra e vice-presidente da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia); Flávia Araujo, geriatra do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) e Andréa Silva Gondim, geriatra do Hospital Universitário Walter Cantídio (CE).