O que é déjà-vu? Existe explicação para o fenômeno?

Por Samantha Cerquetani

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Você já teve a impressão de estar vivendo alguma experiência novamente? Conhecido como déjà-vu, o termo em francês significa “já visto” e também dá aquela sensação de familiaridade estranha a um lugar desconhecido.

Embora cause muita curiosidade dos cientistas, ainda não existe nada cientificamente comprovado sobre este fenômeno. O déjà-vu é difícil de ser estudado por durar poucos segundos e não ter qualquer previsibilidade.

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Um estudo realizado em cérebros humanos com ressonâncias magnéticas mostrou que o déjà-vu ocorre quando algumas regiões do cérebro resgatam lembranças passadas em busca de algum tipo de erro ou falha na memória.

Isso provoca um conflito entre a sensação de lembrar de algo e o fato de sabermos que não temos como ter vivido esse momento antes. Dessa forma, o déjà-vu está relacionado com a tomada de decisão e não apenas com a memória.

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Outra teoria sugere que o déjà-vu acontece quando o cérebro “falha” por alguns momentos. Seria algo semelhante ao que acontece durante uma crise de epilepsia.

O déjà-vu é bastante comum e geralmente não representa um problema de saúde. Porém, algumas pessoas podem ter essa sensação com uma frequência maior.

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Situações como privação de sono, uso de drogas estimulantes como anfetaminas, ansiedade e epilepsia são condições que estão associadas a um aumento de episódios de déjà-vu.

Em  quadros de declínio da capacidade cognitiva, é comum que aconteça um aumento na frequência e intensidade do fenômeno, que pode gerar um intenso sofrimento.

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QUANDO BUSCAR AJUDA?

Quando o déjà-vu é acompanhado de sintomas como perda da consciência, espasmos ou alteração comportamental, além da tristeza, é importante buscar ajuda.

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Um especialista analisará se há alguma doença específica causando o fenômeno. Geralmente, um exame clínico e um eletroencefalograma são indicados para realizar o diagnóstico.

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Fontes: Aline Sabino, psiquiatra do Hospital São Camilo; Diogo Haddad, neurologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz; Hennan Salzedas Teixeira, neurologista do Instituto de Ciências Neurológicas.

Reportagem: Samantha Cerquetani

Edição: Gabriela Ingrid

Publicado em 7 de janeiro de 2022