Saúde

Riscos da automedicação

Veja 8 motivos para não tomar mais remédios sem prescrição médica

Quem nunca tomou um medicamento sem prescrição médica para acabar com uma dor de cabeça? A automedicação é bastante comum: muitos usam remédios por indicações de familiares e amigos ou após pesquisar na internet.

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A OMS (Organização Mundial de Saúde) acredita que mais de 50% dos medicamentos no mundo são prescritos ou vendidos de forma inadequada. E frequentemente os pacientes usam os medicamentos incorretamente.

Com a pandemia, a situação se agravou: muitos começaram a usar antiparasitários, vitaminas e outras medicações sem qualquer comprovação científica de que preveniam ou curavam a covid-19.

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O hábito, que parece inofensivo para a saúde, causa reações graves, inclusive mortes. É sempre bom lembrar que todo medicamento tem o risco de provocar efeitos colaterais. A seguir, veja 8 motivos para abandonar de vez a automedicação.

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O problema ocorre quando a pessoa usa uma quantidade de medicamento acima do indicado (ou vários ao mesmo tempo). A intoxicação por remédios provoca sintomas como suor em excesso, diarreias, vômitos, tonturas, taquicardias, sedação e até mesmo a morte por overdose.

1. Intoxicação

O uso inadequado de medicamentos pode mascarar o diagnóstico de algumas doenças. O fato de ingerir remédios para aliviar o mal-estar, muitas vezes, adia a procura por um especialista. Com isso, a pessoa não trata a doença, aumentando o risco de complicações.

2. Atrapalha o tratamento

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O uso indiscriminado de alguns medicamentos aumenta a resistência de microrganismos em relação às substâncias. É comum que a bactéria, por exemplo, se torne resistente ao antibiótico.  A automedicação compromete a eficácia dos tratamentos no futuro.

3. Aumento da resistência bacteriana

Um medicamento ingerido recentemente pode interagir com outro de uso contínuo. Nesses casos, a interação pode anular os efeitos da substância ou potencializá-la. Podem surgir tonturas, lentidão, dores de estômago e alteração na pressão arterial.

4. Interação medicamentosa

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Tomar remédio por conta própria também aumenta o risco de dependência. É o caso de calmantes e inibidores de apetite. Também há o risco de a pessoa precisar aumentar a dose com mais frequência para surtir o efeito esperado. 

5. Dependência

6. Reações alérgicas

Em alguns casos, a automedicação também provoca reações alérgicas no organismo. O indivíduo apresenta sintomas como coceiras e vermelhidão na pele, inchaços, tosse, coriza e vômitos. Situações mais graves causam dificuldade de respirar e anafilaxia.

Ter uma “caixinha” de remédios em casa aumenta o risco de tomar medicamentos vencidos. E há ainda risco de a pessoa se confundir, não saber qual ingerir e usar o medicamento errado.

7. Errar o medicamento

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Boa parte das medicações é metabolizada pelo fígado. Quando são usadas em altas doses e sem necessidade causam danos ao órgão. Em casos mais graves, ocorre a falência hepática: o fígado deixa de funcionar e pode ser preciso um transplante.

8. Falência hepática

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Fontes: Vanessa Prado, cirurgiã do aparelho digestivo do Hospital 9 de Julho (SP); Rebecca Saad, infectologista do Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"/SP); Paulo Camiz, clínico-geral e professor do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e João Paulo Magalhães, supervisor da residência médica em clínica médica da Santa Casa de São José dos Campos (SP).

Reportagem: Samantha Cerquetani

Edição: Bárbara Paludeti

Publicado em 8 de setembro de 2021