Sem Frescura: como saber quando é fome e quando é gula?
Depois de comer, você já ficou pensando se exagerou na dose? Mas como diferenciar o que é realmente fome e o que é gula?
A fome nada mais é do que um sinal do corpo. É uma sensação fisiológica que ocorre quando o organismo percebe que algum nutriente está em baixa concentração. Pode ser glicose, aminoácidos, gorduras.
A saciedade também é um estímulo, mas funciona como um freio, avisando que já é hora de parar de comer. Ela surge quando o hipotálamo, a parte do cérebro que controla questões relacionadas à fome, recebe sinais de distensão da parede do estômago ou, ainda, por meio da liberação do hormônio colecistocinina.
Por fim, a gula é relacionada a questões emocionais e não depende de a pessoa estar satisfeita ou não. Ela é uma forma compulsiva de se alimentar e normalmente se manifesta com a vontade de comer algum alimento específico ou quando o indivíduo continua comendo mesmo depois de satisfeito.
Claro, a gula nunca se manifesta com a vontade por alguma salada, mas, sim, com alguma guloseima. Mas é importante salientar que essa situação é bem diferente, por exemplo, do comer várias vezes ao dia, mas em porções menores. Dependendo da pessoa, inclusive, isso funciona como uma boa estratégia para acelerar o metabolismo e perder peso.
E mesmo quando nos alimentamos de maneira exagerada, é preciso observar a ocasião. É relativamente comum, por exemplo, que a gente passe da conta em celebrações ou situações comemorativas.
O próprio estado afetivo da pessoa pode desencadear uma vontade por determinado tipo de alimento, como doces, que estimulam a insulina e fornecem mais quantidade de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, hormônio relacionado ao bem-estar.
O problema é quando essa compulsão ocorre sempre e a pessoa se sente culpada após comer. Ou, ainda, desenvolve hábitos como comer sozinha por vergonha da quantidade de alimento ingerido. Neste caso, é bom procurar um especialista. Alimentar-se dessa forma pode ser indicativo de distúrbios psicológicos como ansiedade e estresse que, se tratados, podem melhorar e muito sua qualidade de vida.
Roteiro: Rodrigo Lara. Fontes: Gabriela Cilla, nutricionista da Clínica NutriCilla; Cristiane Hanashiro, nutricionista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo; Thaís Hissami Inoue Lima, médica endocrinologista e metabologista da DaVita Serviços Médicos; Lígia dos Santos, nutricionista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo; Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
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