Chevrolet S10 Z71: testamos nova versão da picape em expedição no Pantanal
Posicionada entre as versões LT e LTZ, a nova versão Z71 da Chevrolet S10 chega para ser uma High Country mais acessível. Ainda assim, acessível a poucos: o preço sugerido é de R$ 260.490 - R$ 19.900 a menos que a topo de linha.
A S10 Z71 tem uma pegada bem off-road. Seus pneus são fora de estrada, enquanto a maior parte da linha usa os mistos. Fora isso, as mudanças em relação à LT são estéticas. Quanto ao motor, é o 2.8 turbodiesel usado em toda a linha S10.
UOL Carros testou a nova versão por 700 km em uma expedição pelo sul do Pantanal, em trajeto próximo a Corumbá (MS), na fronteira entre Brasil e Bolívia. Como será que o modelo se sai em trechos on e off-road? É o que vamos mostrar na avaliação abaixo.
Chevrolet S10 Z71
Preço
R$ 260.490Pontos Positivos
- Visual
- Força nas ultrapassagens
Pontos Negativos
- Estabilidade
- Equipamentos
Veredito
O espírito de aventura é a orientação da S10, e a economia de quase R$ 20 mil em relação à High Country, aliada aos pneus de uso misto, pode ser um bom apelo para quem quer a picape. É comum ler em redes sociais consumidores esbravejando por esta ser uma versão LT com acessórios, o que não está totalmente incorreto. Os acessórios adotados, porém, são focados em dar uma capacidade off-road superior à nova versão. Não são meramente ilustrativos. O modelo só poderia ser um pouco mais bem equipado.
A expedição
Partindo de Campo Grande, atravessamos a belíssima Serra do Maracaju, cujo destaque é o Morro do Chapéu. A oeste, começa o Pantanal sul-mato-grossense. Foram três horas pelas estradas do Estado até o destino da expedição, um hotel no Passo do Lontra, na região de Corumbá.
O hotel que foi base na expedição fica na estrada do Parque do Pantanal, o equivalente sul-mato-grossense à Transpantaneira, no Mato Grosso. A via off-road bem preservada é repleta de pontes de madeiras - a maior delas é conhecida como Ponte do Abobrão.
Nas margens, áreas de pântano com jacarés e lagos cobertos por vitórias-régias. A Parque do Pantanal fica ao lado do Rio Miranda, que desemboca no Rio Paraguai. No período da expedição, no entanto, havia poucas áreas alagadas - o período mais comum de alagamentos é nos meses de janeiro e fevereiro.
Ainda assim, em alguns pântanos que rodeiam a estrada, repousam muitos jacarés, à vista principalmente na parte da tarde. Já para ver outros animais, o ideal é percorrer a Parque do Pantanal logo no início da manhã, após o nascer do Sol.
Nesse caso, você vai encontrar os famosos e belíssimos cervos, famílias de capivaras, o javali do pantanal, chamado de porco-monteiro, tamanduás, aves como o tuiuiu (símbolo da região) e a arara azul e, com um pouco de sorte, até a temida e admirada onça pintada. Outro programa para observar a fauna local é a focagem de jacarés no Rio Miranda, com direito a um por do sol espetacular e navegação no início da noite.
As lanternas estão sempre à procura, além dos jacarés, de animais que vão tomar água às margens do rio. Essa é uma ótima oportunidade de encontrar uma onça pintada.
Design da S10 Z71
O que diferencia a Z71 dos demais modelos são os itens de personalização. Os faróis com contorno de LEDs são escurecidos e a grade escura traz o emblema Chevrolet em relevo, além da inscrição Z71 nas cores prata e vermelha - que são as escolhidas para identificar essa versão. Lateralmente estão os principais destaques.
Estribos laterais e santantônio de aço preto têm formato tubular. Esse segundo item levou dois anos para ser desenvolvido pela Chevrolet, e é comum em veículos de rally e naqueles voltados à aventura, que é o orientação dessa versão da picape. Há ainda adesivos em toda a parte inferior da lateral, nas cores prata, vermelha e preta.
Eles também estão na parte de trás do modelo, que vem de série com capota marítima e tem 5,38 metros de comprimento. Os pneus são off-road. Essa é a única versão da S10 com esse componente. Nas demais, inclusive na topo de linha High Country, eles são de uso misto.
Cabine e equipamentos
Por dentro, a única diferença em relação à versão LT é o adesivo Z71 nas portas, sobre um detalhe de Black Piano. Desta configuração, a novidade também herda o nível de equipamentos. A central multimídia tem tela pequena, mas sensível ao toque. Traz ainda Android Auto e Apple CarPlay.
A câmera de ré tem imagem bem nítida. O painel de instrumentos é analógico com uma pequena tela no centro, para mostrar informações do computador de bordo. Não há partida por botão - é preciso inserir a chave no miolo de ignição. Essas soluções são datadas, mas comuns à maior parte das picapes médias.
O carro vem com bancos de couro e o ar-condicionado tem uma zona de temperatura apenas, além de não ser digital. Quanto ao acabamento, é rústico e tem muitos plásticos duros na porta, mas eles são bem trabalhados e o encaixe das peças é bom.
Desempenho
O motor da S10 Z71 é o mesmo 2.8 turbo de quatro cilindros das demais versões a diesel da picape. São 200 cv de potência e 51 mkgf de torque. De acordo com a Chevrolet, desde a adoção de uma nova turbina, no ano passado, é possível fazer diferentes mapeamentos para o propulsor, dependendo da versão.
Na Z71, ele é igual ao da High Country, voltado para respostas mais rápidas. O veículo tem câmbio automático de seis velocidades. Nas vias de pista única que nos levaram ao Pantanal, a S10 mostrou força para ganhar velocidade e ultrapassar os inúmeros caminhões que encontramos pelo caminho.
Conforme a fabricante, a picape acelera de 0 a 100 km/h em 10,1 segundos. Falta estabilidade, como era de se esperar em uma picape alta e não muito larga. Porém, uma direção com um pouco mais de peso em alta velocidade passaria mais segurança ao motorista.
Na terra, a S10 é valente. Quem viaja no banco traseiro, inevitavelmente, vai sentir os solavancos do contato com o piso off-road. Mas, no modelo da Chevrolet, eles são menos intensos que em alguns outros modelos do segmento.
A tração é 4x4 temporária, com reduzida. O sistema foi eficiente em deixar a S10 mais firme na terra da estrada Parque do Pantanal. Porém, não houve off-road severo para testar a reduzida, ou a capacidade da picape de percorrer trechos alagados.
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