Fiat Toro Ranch: versão diesel ainda vale a pena com novo motor turboflex?
O grande apelo das versões a diesel da Fiat Toro sempre esteve na entrega que esse motor proporcionava, especialmente se comparado ao que era oferecido nas outras opções, o 1.8 e o 2.4 flexíveis.
Agora, com o novo motor 1.3 turboflex, o diesel ainda continua valendo a pena? Para tentar responder essa pergunta, a Fiat apostou também na diferenciação visual das versões mais completas.
Por R$ 198.890, a Toro Ranch traz um apelo visual distinto para tentar justificar seu preço e posicionamento já atingindo preço das versões de entradas de picapes médias. O UOL Carros teve a oportunidade de avaliar o modelo e conta se faz sentido trocar o diesel pelo flex no posto.
Fiat Toro Ranch 2.0
Preço
R$ 198.890Pontos Positivos
- Equipamentos
Pontos Negativos
- Preço
Veredito
A picape Ranch tem um público muito específico que quer manter o visual do fora de estrada, aquela coisa de carro que vai para a fazenda. Em termos práticos, o dinheiro extra da Ultra faz mais sentido e o visual mais esportivo, sem cromados, tem um apelo mais jovem e mais urbano - apesar de o pacote da Ranch ser bom e completo.
Design e espaço interno
A Toro Ranch, de todas as versões disponíveis da picape, é a que mais apela ao estilo das "irmãs" da marca Ram. A pegada americana fica evidente pelo excesso de cromados por fora, mas ao mesmo tempo a linha interior segue o encontrado nas picapes americanas.
Isso significa, em termos práticos, um certo exagero visual por fora. A grade com design diferenciado nas versões Ranch e Ultra, mas acabamento cromado na primeira, deixa "gritante" a dianteira em meio ao trânsito.
Por dentro, o acabamento é adequado e o couro marrom com o nome da versão estampado nos encostos melhora a sensação de refinamento que o novo desenho interno proporciona, apesar do excesso de plástico.
O espaço continua bom para quatro adultos, o quinto ocupante sofre com o túnel central. Por outro lado, a ergonomia da nova Toro é exemplar ao oferecer muitos porta-objetos e também melhora na distribuição dos componentes pelo painel.
Consumo e desempenho
Sob o capô, o já conhecido motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 35,7 mkgf. Esse motor ganhou outra nomenclatura: TD350, que representa o torque na medida Newton-Metro (NM).
Ele vem associado ao câmbio automático de nove velocidades, que é um casamento bastante feliz desde o início da existência da Toro, e com sistema de tração nas quatro rodas sob demanda, com função 4x4 reduzida e bloqueio.
A suspensão da Toro foi recalibrada, o que fez muito bem a picape no uso no asfalto, onde a carroceria balançava demais nas curvas. Agora o modelo está mais estável e gostoso de guiar em longas viagens, por exemplo.
O que continua deficitário é a resposta da direção. Na versão turboflex, o modelo oferece a função Sport que endurece a direção, deixando o carro mais "na mão", entregando uma resposta mais precisa.
Já a versão Ranch, a diesel, não traz essa opção e a direção é mais focada no conforto. No geral, isso até agradará a maioria dos clientes desse produto.
A resposta do diesel não é tão rápida quanto do motor a gasolina, mas por outro lado o torque é amplo e quase 10 mkgf maior, o que, com carro carregado, faz toda a diferença e mostra o melhor lado de usar o diesel.
Com um novo e bom motor flex, muita gente pode pensar que correr atrás das versões a diesel, que são invariavelmente mais caras (UOL Carros já explicou os motivos aqui), não faz sentido. Mas, dependendo do uso e aplicação, pode ser sim.
Em tempos de gasolina e etanol com preço nas alturas, é preciso lembrar que apesar de o valor do diesel também ter sofrido com aumentos, ele ainda é mais em conta e oferece melhor relação de km por litro.
De acordo com os dados divulgados pela própria Fiat, que constam também no Inmetro (Conpet Veicular), a Toro Ranch tem média de 10 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada. Na outra ponta, o motor flex entrega, com gasolina, que tem melhor autonomia, apesar de menos potência que o etanol, consumo de 9,4 km/l na cidade e 10,8 km/l na estrada.
Na vida real, UOL Carros conseguiu médias melhores que as declaradas pela Fiat, chegando a 13,5 km/l. Isso, claro, depende do modo de conduzir de cada um.
Equipamentos
Um dos grandes destaques da versão a diesel em termos de equipamentos é a central multimídia de 10,1" com tela vertical, tal qual as "irmãs" da linha Ram, como a 1500 Rebel.
Ela tem também a grade diferenciada, espelhos retrovisores cromados, santantônio e estribos cromados, para-barro, revestimento de couro marrom nos bancos e aplique que simula madeira no painel, capota marítima e faróis de neblina.
Há ainda o painel de instrumentos virtual com tela de 7" que tem diferentes telas, protetor de cárter, leitor de pressão nos pneus, duas entradas USB na frente, (tipo A e tipo C), uma terceira entrada tipo A, para carregar dispositivos no banco traseiro.
O pacote traz ainda carregador de celular por indução, sensores de luminosidade, chuva e de obstáculos na frente e atrás, retrovisor eletrocrômico interno, chave presencial com partida por botão e navegação GPS integrada e câmera de ré.
Por fim, ela conta com faróis e lanternas Full-LEDs, ar-condicionado de duas zonas de climatização e o sistema Connect Me, que permite oferecer Wi-Fi integrado para até oito dispositivos dentro do carro, além das funções de conciérge e segurança, como rastreamento e limitação de movimento.
Manutenção e segurança
Em termos de segurança, o pacote é bem completo. A Toro Ranch traz sete airbags, controle de tração e estabilidade calibrado para o uso no fora de estrada e controle eletrônico de descida.
Há o pacote de segurança ADAS que oferece frenagem autônoma de emergência com alerta sonoro e visual, farol alto automático e leitor de faixa de rodagem.
Mercado
A Ranch é a versão mais completa da gama. A única diferença em termos de equipamentos para a Ultra é a capota rígida. O pacote é bom, bem completo e recheado.
Ela tem a resposta para quem quer uma picape mais prática para o dia a dia, mas com o mesmo estilo do campo que as Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10, por exemplo.
Mas para quem está focado no diesel por causa do trabalho, há versões mais interessantes e com preço justo de custo-benefício para botar peso e exigir.
Motorização
2.0, 4 cil., 16V, turbo
Combustível
Diesel
Potência (cv)
170 a 3.750 rpm
Torque (kgf.m)
35,7 a 1.750 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
12,4
Velocidade máxima (km/h)
189
Consumo cidade (km/l)
10
Consumo estrada (km/l)
12,5
Câmbio
Automático, 9 marchas
Tração
4x4 sob demanda
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Independente, McPherson
Suspensão Traseira
Independente, Multilink
Freios Dianteiros
Discos ventilados 305 mm
Freios Traseiros
Tambor, 295 mm
Pneus
225/60 R18
Rodas
6,5? x 18?
Altura (mm)
1.734
Comprimento (mm)
4.945
Entre-eixos (mm)
2.990
Largura (mm)
1.845
Ocupantes
5
Peso (kg)
1.918
Porta-malas (L)
1000
Tanque (L)
60
10.000 km
R$ 768
20.000 km
R$ 1.204
30.000 km
R$ 1.460
40.000 km
R$ 2.008
50.000 km
R$ 1.056
60.000 km
R$ 1.476
Garantia
3 anos
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Airbags do tipo Cortina
Airbags para joelho do motorista
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Bancos com ajustes elétricos
Desembaçador Traseiro
Teto Solar
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Frenagem autônoma de emergência
Alerta de permanência em faixa
Sensor de pressão dos pneus
Alerta de colisão
Abertura elétrica do porta-malas
Faróis com regulagem de altura
Bloqueio do diferencial
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