Hyundai HB20X tem design mais harmonioso e sente falta de motor turbo
Resumo da notícia
- Aventureiro tem estilo idêntico ao conceito Saga EV
- Lista de itens de série inclui frenagem autônoma na versão mais cara
- Motor 1.6 16V de até 130 cv não tem disposição do 1.0 turbo
Até quem gostou do HB20 sabe que o design da nova geração não é unanimidade. Ao contrário de seu antecessor, que ganhou fama pelas linhas esportivas e modernas, o hatch lançado no fim de 2019 tem traços ousados que dividem opiniões até hoje.
A receita ousada foi replicada no HB20X, que já se destacava do restante da gama pelo estilo mais chamativo. Em sua segunda geração, o carro abusa dos apliques plásticos pela carroceria que reforçam o visual parrudo dos aventureiros urbanos. Debaixo do capô, a Hyundai decidiu oferecer apenas o antigo motor 1.6 16V, agora capaz de render até 130 cv com etanol.
Além do estilo, o modelo também tenta fisgar consumidores com um bom pacote de equipamentos de fábrica. Mas existe motivo para escolher o hatch em vez de partir para os SUVs compactos? É o que UOL Carros responde a seguir.
Hyundai HB20X Diamond Plus
Preço
R$ 77.990Pontos Positivos
- Itens de série e design
Pontos Negativos
- Preço e motorização
Veredito
O HB20X tem um design mais bem resolvido do que as versões convencionais: os apliques plásticos são feitos para serem chamativos e cumprem o papel com louvor, algo até bem-vindo em um aventureiro. Agrada pela boa lista de itens de série, com destaque para a segurança: há airbags laterais, controles de estabilidade e de tração, alerta de permanência em faixa e até frenagem autônoma de emergência, item exclusivo na sua categoria. Em contrapartida, a marca patina ao oferecer o antigo motor 1.6 16V como única opção no modelo. Se contasse com o novo 1.0 turbo, o HB20X seria mais gostoso de dirigir, especialmente quando carregado. O preço também é um pouco salgado na versão completa, que custa R$ 77.990 e se aproxima do Creta de entrada, embora o SUV tenha câmbio manual e uma lista mais modesta de itens de série. De toda maneira, quem procura um carro mais "altinho" para usar apenas na cidade pode até se encantar pelo HB20X, que é uma opção interessante no segmento de hatches aventureiros. Mas melhor seria se tivesse motorização turbo.
A Hyundai afirma que o estilo foi inspirado no Saga EV. E isso fica nítido quando vemos o novo HB20X, que é uma cópia fidedigna do conceito que esteve no Salão do Automóvel de São Paulo de 2018.
O visual rebuscado pode até torcer narizes no HB20, mas caiu bem no aventureiro. Nem as molduras plásticas exageradamente vistosas prejudicam em um segmento que tem "licença poética" para chamar atenção - ou quase isso.
De maneira geral, o carro agrada mais do que as versões "convencionais". Por dentro, o modelo se diferencia pelos apliques na cor vermelha em volta das saídas de ar-condicionado e nas costuras aparentes nos bancos, volante e coifa da manopla do câmbio.
Frente ao antigo hatch, o HB20X ganhou 3 cm na distância entre eixos, e isso se reflete (ainda que sutilmente) no espaço interno. Se na frente a posição de dirigir agrada bastante, quem viaja atrás não sofre com a falta de espaço para as pernas e cabeça.
O nível de acabamento impressiona como no primeiro HB20. Além das peças bem encaixadas, os plásticos da cabine são de qualidade muito boa para um carro com proposta mais "popular", fazendo muito modelo mais caro passar vergonha.
Nesta versão, os bancos são revestidos em couro e as costuras aparentes na cor vermelha dão um toque de sofisticação ao veículo. Já o porta-malas comporta bons 300 litros.
Inexplicavelmente, o HB20X é vendido apenas com o veterano motor 1.6 16V, que equipa o modelo desde a primeira geração.
Pelo menos a receita é a mesma do Creta, elevando a potência dos antigos 128 cv para até 130 cv se movido a etanol. Quem quiser o novo 1.0 turbo precisa se contentar com as versões com visual "normal". O aventureiro tem duas opções de transmissão: manual ou automática de seis marchas.
Se na potência o motor de 1,6 litro supera o moderno de 1-litro, na prática o HB20X é um pouco preguiçoso nas acelerações e retomadas de velocidade. Não dá para culpar o câmbio automático de seis marchas, que é o mesmo nas duas motorizações. Fato é que o 1.0 turbo tem mais torque e desempenho mais linear na maioria das situações.
Os números de consumo são bons, mas poderiam ser melhores: 8,1 km/l e 9,3 km/l na cidade e 11,7 km/l e 13,3 km/l na estrada. Os índices do HB20 turbo são ligeiramente superiores tanto no perímetro urbano quanto no rodoviário e com os dois combustíveis.
Segurança é um dos pontos fortes da versão mais cara do HB20X. Além do airbag duplo frontal e dos freios ABS obrigatórios por lei, o carro traz controles de estabilidade e de tração, airbags laterais, sensor de pressão de pneus, alerta sonoro de mudança de faixa e sistema de frenagem autônoma de emergência. Este último, aliás, é exclusividade da Hyundai no segmento de hatches compactos.
Os custos de manutenção são relativamente baixos para um veículo mais barato. Apenas a revisão dos 40 mil quilômetros é mais salgada, custando pouco mais de R$ 600. Seguro também não é problema no hatch, pelo menos dependendo do perfil do segurado.
O HB20X Diamond Plus não pode ser chamado de barato. Por R$ 77.990, ele custa exatamente o mesmo que a versão topo de linha do HB20. Se serve de consolo, ele oferece uma generosa lista de equipamentos de série.
O hatch vem com controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, frenagem autônoma de emergência, alerta sonoro de permanência em faixa, sensor de pontos cegos, piloto automático com controle de velocidade, apoio de braço para o motorista, ar-condicionado, direção elétrica, volante multifuncional, ganchos para fixação de cadeirinhas Isofix, travas elétricas, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, rodas de liga leve de 16 polegadas, vidros elétricos nas quatro portas, alarme e central multimídia com tela tátil de oito polegadas e suporte a Apple CarPlay e Android Auto.
Alguns itens merecem destaque no HB20X. Os comandos do ar-condicionado são bonitos de ver e até enganam leigos que podem confundi-lo com um sistema digital. Na verdade, ele é analógico como nos modelos mais baratos, mas possui um visor de LCD para dar um toque de sofisticação. É a mesma solução adotada muitos anos atrás pelo finado Chevrolet Agile.
A central multimídia é muito fácil de operar e bonita de se ver também. Os menus são bem intuitivos e há botões fisicos para as funções mais importantes, incluindo controle do volume. Mais abaixo ficam duas entradas USB, sendo que a do lado direito é dedicada para carregar telefones celulares.
O HB20X pertence a um segmento que viveu seu auge, declinou e está prestes a ser renovado. Os aventureiros urbanos surgiram em meados dos anos 2000 e fizeram muito sucesso. Nomes como Fiat Palio Adventure e VW CrossFox ajudaram a difundi-lo pelo país, mas a chegada dos SUVs compactos tirou parte do apelo destes modelos.
A Hyundai, porém, insistiu na fórmula e hoje tem poucos competidores. Apenas Fiat Argo Trekking e Ford Ka Freestyle despontam como principais rivais.
Enquanto o representante da Fiat é movido pelo motor 1.8 e.torQ de até 139 cv e 19,3 kgfm com etanol, o pequeno Ford usa o bom 1.5 da família Dragon, que rende 136 cv e 16,1 kgfm quando movido pelo combustível da cana de açúcar. Ambos saem de fábrica com câmbio automático de seis marchas.
Preços também são diferentes: o Ka Freestyle parte de R$ 68.490 e o Argo Trekking custa R$ 69.990 sem opcionais. O modelo da Fiat, inclusive, continua sendo mais barato do que o HB20X mesmo com todos os opcionais: R$ 77.540. A conta só fica mais salgada se o cliente quiser uma pintura metálica ou perolizada, já que o Argo pode chegar aos R$ 79.290.
Motorização
1.6, 16V, 4 cilindros
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
130 / 123
Torque (kgf.m)
16,5 / 16
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
10,9
Velocidade máxima (km/h)
186
Consumo cidade (km/l)
8,1 / 9,3
Consumo estrada (km/l)
11,7 / 13,3
Câmbio
Automático, seis marchas
Tração
Dianteira
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
Independente, McPherson
Suspensão Traseira
Independente, eixo de torção
Freios Dianteiros
Discos ventilados
Freios Traseiros
Tambor
Pneus
195/60 R16
Rodas
16 polegadas
Altura (mm)
154
Comprimento (mm)
397
Entre-eixos (mm)
253
Largura (mm)
174
Ocupantes
5
Peso (kg)
1098
Porta-malas (L)
300
Tanque (L)
50
10.000 km
R$ 227,18
20.000 km
R$ 485,37
30.000 km
R$ 472,62
40.000 km
R$ 647,09
50.000 km
R$ 445,35
60.000 km
R$ 621,72
Seguro
R$ 2.200
Garantia
5 anos
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Airbags Laterais
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco de Couro
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Frenagem autônoma de emergência
Alerta de permanência em faixa
Sensor de pressão dos pneus
Sensor de pontos cegos
Abertura elétrica do porta-malas
Faróis com regulagem de altura
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.