Novo Renault Duster corrige pontos fracos e ameaça futuro do Captur
Resumo da notícia
- Preços do Duster 2021 variam de R$ 71.790 a R$ 87.490
- Modelo será vendido em três versões: Zen, Intense e Iconic
- SUV aproveita mesmo conjunto do Sandero, mas anda mais
Faz algum tempo que o Renault Duster deixou de ter vida fácil no Brasil. Se antes o Ford EcoSport era seu único rival de peso, a enxurrada de SUVs compactos renegou o modelo a um degrau mais baixo no segmento mais badalado do mercado nacional.
Por outro lado, a grande quantidade de concorrentes foi boa para os franceses, que podem mirar nos modelos menos vendidos com o novo Duster.
Armas não faltam: o carro ganhou cara nova, mais itens de série e ficou mais refinado. Os preços variam de R$ 71.790 a R$ 87.490. Tudo para tentar voltar aos bons tempos em que figurava entre os modelos mais vendidos da categoria.
Renault Duster Intense
Pontos Positivos
- Design, espaço interno, itens de série
Pontos Negativos
- Segurança, consumo
Veredito
A estreia do Captur "rebaixou" o Duster ao posto de SUV de entrada da Renault no país. Porém, tudo indica que o jogo virou com a nítida evolução do modelo. Além do novo design, o carro evoluiu bastante por dentro ao trazer acabamento de melhor qualidade e ganhou equipamentos interessantes. É verdade que o Duster ainda comete alguns pecados, como o de não vir com airbags laterais nem como opcional. O motor também é o conhecido 1.6 de até 120 cv, que não arranca suspiros. Mesmo assim, o SUV melhorou consideravelmente em relação ao modelo anterior. É bom a Renault se mexer para não correr o risco de ver o agora "ex-patinho feio" roubar vendas do Captur.
Bem completo
Como já dissemos, o Duster 2021 será oferecido em três versões de acabamento: Zen, Intense e Iconic. Todas são bem equipadas:
+ Renault Duster Zen: R$ 71.790 (MT) / R$ 77.790 (CVT)
Itens de série: controles de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, ganchos para fixação de cadeirinhas Isofix, direção elétrica, coluna de direção com regulagens de altura e profundidade, banco do motorista com regulagem de altura, ar-condicionado, sistema start-stop, chave do tipo canivete, computador de bordo, rádio AM/FM
Opcionais:
Pack Techno (R$ 3 mil): central multimídia Easylink, faróis de neblina, piloto automático com limitador de velocidade e rodas de liga leve de 16 polegadas.
+ Renault Duster Intense: R$ 83.490 (CVT)
Itens de série: mesmos da versão Zen mais ar-condicionado digital, câmera de ré, sensores de estacionamento traseiros, piloto automático, faróis de neblina e central multimídia Easylink.
Opcionais:
Bancos revestidos em couro: R$ 1.700
Pack Outsider (R$ 2.300): proteção frontal, farol de longo alcance, alargador de para-lama, friso robusto para porta, barra de teto preta e retrovisor externo preto.
+ Renault Duster Iconic: R$ 87.490 (CVT)
Itens de série: mesmos da versão Intense mais câmeras com multivisões, alerta de pontos cegos, sensor de luminosidade, chave presencial do tipo cartão, rodas de liga leve de 17 polegadas com acabamento diamantado e apoio de braço entre os bancos dianteiros.
Opcionais:
Bancos revestidos em couro: R$ 1.700
Pack Outsider (R$ 2.300): proteção frontal, farol de longo alcance, alargador de para-lama, friso robusto para porta, barra de teto preta e retrovisor externo preto.
Quase tudo novo
A plataforma é uma das únicas heranças de seu antecessor. Segundo a Renault, todos os painéis da carroceria são novos. Entre as mudanças, o para-brisa ficou mais inclinado e até as portas foram substituídas.
No visual, a inspiração foi o Duster revelado na Europa em 2018, mas o "nosso" modelo traz um toque brasileiro na frente. O aplique frontal com faróis de milha embutidos, que faz parte do Pack Outsider, foi projetado pelo estúdio de design da América Latina, cuja sede fica em São Paulo (SP).
Atrás está o ponto mais controverso da renovação do SUV: as lanternas quadradas lembram muito o estilo do Jeep Renegade. Pessoalmente, porém, a semelhança não é tão grande como as fotos sugerem. De toda maneira, a tampa do porta-malas também foi redesenhada e diminuiu um pouco o estilo abrutalhado do Duster.
A equipe de design da Renault, aliás, repetiu algumas vezes durante a apresentação do carro que a intenção era renovar o Duster sem perder sua essência. Aparentemente a missão foi cumprida com êxito, já que o SUV ficou mais atual, mas ainda traz muito do estilo parrudo que conquistou tanta gente.
O trabalho dos designers é notado especialmente do lado de dentro. É nítida a evolução na cabine, que ficou muito mais aconchegante por conta do uso de materiais de melhor qualidade. Na versão Iconic, o Duster vem com bonitas forrações de tecido nas portas, que lembram muito o estilo descolado do Peugeot 3008.
A iluminação branca também deu um toque de sofisticação no painel, que traz saídas de ar-condicionado retangulares e destaca a tela de oito polegadas da nova central multimídia EasyLink, que faz sua estreia no mercado brasileiro. No console central, até os botões foram redesenhados e lembram os comandos de alguns modelos da Audi.
Melhor do que o Sandero
Apenas uma motorização é oferecida no novo Duster: 1.6 16V que entrega 120 cv com etanol e 118 cv quando abastecido com gasolina. O torque máximo é de 16,2 kgfm a 4.000 rpm independente do combustível escolhido.
Há duas opções de transmissão: manual de cinco marchas e CVT. A versão Zen é a única com opção das duas caixas, sendo que as configurações Intense e Iconic saem de fábrica apenas com a caixa continuamente variável.
Durante nossa avaliação, o Duster não impressionou pela agilidade, mas também não apresentou falta de fôlego em momento algum. É bom ter em mente que o câmbio CVT prioriza outros fatores importantes para muita gente, como uma condução mais suave, já que não há marchas para serem trocadas.
O consumo divulgado pela Renault é de 7,2 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada com etanol no tanque. Os números, porém, não melhoram muito se o veículo for abastecido com gasolina, subindo para 7,8 km/l e 11,1 km/l em percursos urbano e rodoviário, respectivamente.
De toda maneira, o desempenho do SUV é superior ao do Sandero, que utiliza o mesmo conjunto motor/câmbio e pesa menos. E por falar em dirigibilidade, uma velha queixa foi resolvida: a Renault finalmente adotou a direção com assistência elétrica, que deixou o volante muito mais leve nas manobras. Ou seja, acabou a "academia grátis" na hora de fazer baliza.
Motorização
1.6, 16V, 4 cilindros em linha
Combustível
Etanol / Gasolina
Potência (cv)
120 / 118 a 5.500 rpm
Torque (kgf.m)
16,2 a 4.000 rpm
Aceleração de 0 a 100 (segundos) (km/h)
12,4 / 12,3
Velocidade máxima (km/h)
173 / 172
Consumo cidade (km/l)
7,2 / 10,7
Consumo estrada (km/l)
7,8 / 11,1
Câmbio
CVT
Tração
Dianteira
Direção
Elétrica
Suspensão Dianteira
McPherson
Suspensão Traseira
Semi-independente
Freios Dianteiros
Discos ventilados
Freios Traseiros
Tambores
Pneus
215/60 R17
Rodas
17 polegadas
Altura (mm)
1693
Comprimento (mm)
4376
Entre-eixos (mm)
2673
Largura (mm)
1832
Ocupantes
5
Peso (kg)
1279
Porta-malas (L)
475
Tanque (L)
50
Airbags Motorista
Airbags Passageiro
Controle de Estabilidade
Controle de Tração
Freios ABS
Distribuição Eletrônica de Frenagem
Ar-Condicionado
Travas Elétricas
Ar Quente
Piloto Automático
Volante com Regulagem de Altura
Vidros Elétricos Dianteiros
Vidros Elétricos Traseiros
Central Multimídia
Rádio FM/AM
Entrada USB
Entrada Auxiliar
Banco do motorista com ajuste de altura
Desembaçador Traseiro
Computador de Bordo
Acendimento automático dos faróis
Faróis de neblina
Sensor de pontos cegos
Abertura elétrica do porta-malas
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