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De Toro à nova Maverick: por que picapes buscam os clientes dos SUVs
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As picapes estão querendo tirar, ou pelo menos diminuir, o protagonismo dos SUVs no mercado nacional. Elas ganharam tecnologia de ponta, conforto e empolgação de dirigir não só no off-road, estão mandando bem no asfalto também.
Esse uso urbano dos utilitários de caçamba amadureceu com a evolução e sucesso da Fiat Toro. A chegada da requintada Ford Maverick reforça o apelo do segmento das médio-compactas, que ainda terá muito em breve uma renovada e turbinada Renault Oroch.
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Esses lançamentos não devem tirar o sono da Fiat. Uma picape que vendeu 70 mil unidades em 2021 não verá no retrovisor as rivais que dificilmente terão um volume tão grande de produção e de vendas.
A Ford tem um belo produto nas mãos com a Maverick, mas o modelo importado do México em versão única é R$ 25 mil mais caro que a mais cara das Toros, a Ultra. E ainda perde em equipamentos - mesmo entendendo que a Ford posiciona a sua picape em um patamar levemente maior comparada ao modelo da Fiat.
E vale destacar que o DNA "picapeiro" da Ford agrega valor. O conjunto mecânico da Maverick é valente, forte, dos bons, com o motor 2.0 Ecoboost de 253 cv de potência e 38,7 kgfm de torque e caixa AT8. Como comparação, a Ultra tem o 2.0 turbodiesel de 170 cv e 35,7 kgfm com câmbio AT9. Ambas são 4x4, mas a Ford é melhor preparada para o fora de estrada (sem a rebeldia da lama), inclusive com o seletor de terrenos.
Nessas configurações, a Ford destaca uma velocidade máxima de até 175 km/h (limitada eletronicamente) e uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,2 segundos. Além disso, a retomada de 80 km/h para 120 km/h pode ser feita em apenas 5.9 segundos. Não vale nem comparar com os mesmos números da Toro.
Em relação ao tamanho, a Maverick dispõe de 5,073 metros de comprimento (cerca de 15 cm a mais que a Toro); 2,134 metros de largura total; 1,733 metro de altura e 3.076 de entre-eixos. A caçamba tem capacidade de carregar até 943 litros.
Se os números sobram na Maverick, dentro da cabine falta muita coisa. Conexão entre celular e multimídia só com cabo, que também é necessário para carregar o aparelho. Não curti a falta.
Na Toro é tudo sem fio e a internet a bordo reina. Esqueça ACC e até o sensor de estacionamento (opcional quase gratuito nas lojas), na versão Lariat FX4 que vem para o Brasil não tem. Lá fora, a Ford oferece modelos mais completos de sua picape, quem sabe um dia elas pintam aqui. Ou uma próxima versão atualizada, assim como faz com as evoluções do Mustang.
O apelo da Maverick será o da exclusividade e charme, muito charme. É a mais bonita. Ver a picape pessoalmente é outra história e você entenderá quando tiver a chance. A linha de cintura baixa, o aspecto musculoso da carroceria e o jeitão quadrado sem ser chato deixam a Maverick irresistível.
E dirigir é tão ou mais prazeroso do que olhar a Maverick. Conforto e posição do dirigir que só a Ford sabe fazer. Não é luxo, é engenharia mesmo. O motor sobra (e bebe) se você pisar com gosto. Mas a tração integral faz a picape grudar no chão, dando uma sensação de direção segura, mesmo nas curvas mais fechadas. Preciso também dizer que achei a pegada melhor comparada ao SUV Bronco, que terá a mesma calibragem de motor, em breve. A picape tem 13 cv a mais.
Maverick é um show. Pena que a Ford cobrou caro pelo ingresso (assim como está salgado todo o mercado) e com isso deixa o espetáculo para um público reduzido. Se você não precisa da meia-entrada, não deixe de testar essa picape. Depois me diga o que você achou dela.
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* Colaborou Bruno Vasconcelos à coluna
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