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Invasão dos elétricos: como C40 inicia nova investida da Volvo no Brasil
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Luiz Rezende, presidente da Volvo do Brasil e chefe da marca em 14 países da América Latina, disse que a empresa sueca prepara uma nova jornada de lançamentos até 2025, um por ano. A partir daí deu para entender que o recém-apresentado C40, de R$ 419,9 mil, é apenas a metade do caminho.
Somente no Brasil, os "escandinavos" (leia-se o time Volvo Cars) venderam em 2021 cerca de 8.273 mil unidades, assumiu o posto de segunda marca premium - enxergando pelos retrovisores, de longe, Audi (6.243) e Mercedes-Benz (5.164). Na dianteira, distante de todos e voando baixo está a BMW, que emplacou 14.505.
Para a Volvo, a meta de 2022 é tocar o sino para 8,5 mil veículos. Os números serão frutos do resultado da falta de peças, semicondutores e agora, os chicotes que são fabricados na Ucrânia. Com o atual cenário de guerra o cenário já causa impacto na produção dos carros vindos da Europa.
Os suecos, no Brasil, ainda anunciaram que os sedãs, S60 e S90 deixaram de ser importados, conforme antecipou o UOL Carros. A Volvo entendeu que não dava para invadir a praia privativa, cada vez com menos areia, dos alemães. Os três volumes médios estão sumindo do mapa, o que significa uma resposta da preferência do consumidor por SUVs.
A Volvo é líder no que se refere a eletrificação dos produtos no país. Mas eles precisam continuar investindo na infraestrutura. Não é tão fácil assim trocar a gasolina pela eletricidade quando, de alguma forma, existe o uso temporariamente restrito para destinos de longo alcance. Postos de recarga, baterias e autonomias são três pontos chaves e de maior desafio nessa virada de chave.
Rezende, do meu lado, disse: "estamos abertos para tratar de alianças e possibilidades que podem gerar uma aceleração ainda maior no projeto de instalação de unidades de recargas pelo país". Ele está certo. Antes da declaração informei sobre a aliança BMW e Nissan no México. Juntos, alemães e japoneses estão desenvolvendo parcerias e acordos nesse sentido. O sucesso do carro elétrico depende disso também. Não somente do "novo posto" que é a garagem da sua casa energizada.
E depois de ser ligado na tomada tive o segundo contado com o C40 Recharge. Elétrico e bonito. Já disse uma vez e vou repetir: depois do Range Rover Evoque, a indústria finalmente revelou um novo carro sexy e elegante sendo SUV. Eles conseguiram. O utilitário chama a atenção pelo design inovador e traços de personalidade.
Não dá para esquecer a força mecânica de 408 cavalos gerados pelos dois motores elétricos, mais 660 Nm de força e média de 440 quilômetros de autonomia, dito na ficha técnica, mas digo na real que você precisa dar um desconto de uns 15% e checar no hodômetro. O carro é forte, faz 0 a 100 km/h em 4,7 segundos com uma velocidade máxima limitada a 180 km/h. Ainda bem que o corte existe. É muita brabeza no chão.
Estável, seguro e na função one pedal - nada de pisar no freio. Os motores fazem isso e a interferência ainda gera recuperação de energia. No drive, como gosto de dirigir com mais controle de retomada na troca das marchas, senti falta das hastes que ficariam atrás do volante.
O C40 é reflexo da arquitetura escandinava com influência da luz e da natureza. Eles mostraram isso em uma apresentação compacta do veículo. Nas linhas laterais está um design feito para preservar o traço coupé.
Os aerofólios e spoilers traseiros bem evidentes proporcionam maior aerodinâmica e autonomia através da menor resistência ao ar. O teto preto também é um elemento do desenho que considero importante. Veste o carro por cima. O novo Volvo é quase impecável.
As rodas de liga leve, de 20 polegadas e cinco raios, possuem um corte de diamante com superfícies contrastantes de alumínio polido bruto e pintura preta brilhante, que complementam o caráter ousado do elétrico.
Na cabine
Por dentro, o interior tem som Harman kardon sem mostrar os falantes. O acabamento é bom com detalhes translúcidos, em formas de mapas topográficos, inspirado no Parque Nacional de Abisko, no norte da Suécia. O contra destaque é o teto panorâmico que é elegante mas gera um calor pouco suportável e isso se estende desde os bancos traseiros até os dianteiros. Recomendo para quem for comprar o uso de uma película ou a encomenda imediata da cortina opcional (acessório que vem por aí).
O vidro do teto é escuro fixo laminado de alta tecnologia com revestimento IR, tem promessa de otimizar o conforto em todos os climas, auxiliando na redução de ruídos, minimiza a entrada de luz em até 95%, oferece proteção UV de 99,5% e bloqueia cerca de 80% dos raios do sol. Mas não segura o calor e afirmo sem errar.
Assim como os bancos, o volante, estofamentos e a alavanca de câmbio são 100% livres de couro. As superfícies dos tapetes são feitas de garrafas PET recicladas.
Na tela central de nove polegadas, assistência Google, que indica a autonomia da bateria no destino desejado, internet dedicada (sem essa de rotear do celular) e um pênalti temporário que é a ausência do Carplay ainda em desenvolvimento para o sistema. Porta-malas de 440 litros resolve a vida de quem é minimalista e organizado.
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