Corsa chega à quinta geração mais tecnológico e distante do Brasil
A alemã Opel, braço europeu da General Motors, revelou nesta quarta-feira (9) imagens e detalhes técnicos da quinta geração do Corsa -- ou Corsa E. O hatch compacto fará sua estreia oficial no Salão de Paris, em outubro, quando também terá seus preços revelados. A chegada às lojas europeias, porém, está marcada apenas para janeiro de 2015.
De acordo com a Opel, o modelo está mais refinado e tecnológico para atender a exigências de legislação e cobrança do consumidor local, mas também teve sua tocada revista para finalmente poder encarar Ford Fiesta e Volkswagen Polo a contento. Já o visual pode decepcionar.
O CLIENTE MANDA
Ficar mais próximo dos rivais em termos de conforto, ergonomia e, claro, dirigibilidade foi a principal exigência feita por clientes, afirma a Opel. Apesar de usar a mesma arquitetura do modelo anterior (Corsa D), o novo modelo tem visual externo totalmente refeito, interior modificado (dos painéis de instrumentos aos revestimentos de portas e bancos) e tecnologia ampliada -- mudanças suficientes para justificar o carro como sendo de nova geração, não apenas um face-lift.
Mudança fundamental é o uso de sistemas de comunicação/entretenimento e de segurança. Na cabine, há integração do comando multimídia com celulares Android/Apple similar àquela do sistema MyLink dos carros da Chevrolet no Brasil: o resultado permite ao condutor usar aplicativos do celular (rádios online, redes sociais, navegadores por GPS, comandos por voz etc) na tela central do Corsa.
Luzes diurnas com LEDs, para-brisa aquecido, assistência de condução urbana (que deixa a direção elétrica ainda mais suave em baixas velocidades), controle de estabilidade e monitoramento de pressão dos pneus também são de série.
Opcionais incluem câmera de ré, alertas de ponto cego, teto panorâmico e uma câmera instalada no para-brisa para registrar sinais de trânsito e também o tráfego, dando ao Corsa a função de frenagem automática, sem interferência do condutor, em caso de parada dos carros à frente ou semáforo fechado.
TRÊS-CILINDROS
O novo Corsa também conta com a estreia do motor de três-cilindros da Opel. No auge do processo de downsizing, o motor de 1 litro da linha Ecotec é feito totalmente de alumínio, tem injeção direta de combustível, sobrealimentação por turbo e sistema start/stop. Em duas diferentes especificações, promete operar de modo mais suave e ser mais eficiente que um 1.4 antigo, gerando potência de 90 ou 116 cavalos, sempre com torque 17,3 kgfm a 1.800 rpm, acoplado ao câmbio manual de seis marchas. O câmbio automático também de seis marchas é opcional.
Há ainda opção de motor de 1.4 litro, também três-cilindros com turbo, que rende 101 cv e 20,4 kgfm; além de duas unidades aspiradas (1.2 e 1.4), todos movidos a gasolina. Por fim, há o turbodiesel típico para Europa, 1.3, com 75 ou 95 cv.
E ESSA CARA?
Talvez, o ponto mais polêmico do novo Corsa esteja no visual, com sua frente ao mesmo tempo "sorridente" e "caída". A explicação está primeiro na segurança ao pedestre (daí a extremidade mais baixa, com elevação a partir do começo do capô), mas também na chamada identidade visual. Uns acharão o carro "bobo", enquanto outros podem achá-lo simpatico e até fofo.
Faróis em forma de bumerangue, com grandes "sobrancelhas" de LEDs, vêm dos irmãos maiores Astra e Cascada. Eles ficam um nível acima da grade fontal, alinhada ao para-choque, e que foi emprestada do horrendo subcompacto Adam. Ao centro dela, está a barra cromada em forma de U alongado (ou de chifre) seccionado pelo escudo da Opel. Este formato em U conversa ainda com o vinco no capô. A traseira, mais curta e harmoniosa é apenas uma evolução daquela do Corsa 2014, com para-choque robusto e alto e tampa do porta-malas pequena.
LONGE DO BRASIL
Lançado globalmente em 1982, o Corsa só chegou ao Brasil em 1994, com um modelo correspondente à segunda geração europeia (Corsa B). Ostentando a gravatinha dourada da Chevrolet, durou até 2002 dando origem a uma família completa: hatch (cuja plataforma deu origem ao Celta e também ao tristonho Agile, vendidos até os dias atuais), sedã (que também segue em linha como Chevrolet Classic, com visual redesenhado), station wagon, picape e também o cupê Tigra.
Em 2002, recebemos a segunda geração do Corsa nacional, baseada na terceira europeia (Corsa C), que tinha mais espaço interno e um certo padrão de "compacto premium". Esta geração durou até 2012, encerrando (sim, infelizmente) o ciclo do Corsa no país. A partir daí, a GM nacional decidiu modificar totalmente sua envelhecida linha de produtos, deu adeus à parceria com a Opel e massificou o uso da plataforma global de veículos compactos que deu origem à nova família de compactos com Onix (hatch), Prisma (sedã), Sonic (hatch e sedã), Spin (monovolume) e Cobalt (sedã com espaço ampliado).
Na Europa, a Opel prosseguiu com o desenvolvimento da linha Corsa com a quarta geração (Corsa D), montada sobre variante da mesma plataforma global. Esta mesma arquitetura é usada agora na quinta geração (Corsa E), ainda que visual externo e interno, tecnologia e componentes de segurança estejam renovados.
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