McLaren faz Senna "conversar" com sobrinho para lançar 720S; assista
Cupê inaugura nova geração da família "de entrada" da marca, a Super Series, no Salão de Genebra; veja como é o supercarro
Ayrton Senna e a McLaren têm uma história intrinsecamente ligada. Falecido há quase 23 anos, o tricampeão mundial é até hoje o piloto mais vencedor da história da equipe na Fórmula 1: os três títulos e 35 de suas 41 vitórias foram conquistados por ela.
Para promover o inédito superesportivo de produção 720S, apresentado globalmente no Salão de Genebra 2017 e que inaugura a segunda geração da família Super Series -- cuja qual engloba os modelos "de entrada" da marca, se é que dá para falar assim --, a marca resolveu apelar à nostálgica parceria.
Para isso, produziu um vídeo em que coloca uma mensagem motivacional na voz do próprio Senna, sobre "como superar seus limites". Não ficou só nisso: o piloto que pôs o carro em ação no circuito do Algarve, em Portugal, foi o sobrinho de Ayrton, Bruno Senna, que também é piloto profissional (com breve passagem pela F1 e atualmente correndo na Fórmula E).
Até um "diálogo" entre os dois foi enredado. Confira o resultado no vídeo.
Como é o 720S
Sim, o tema "Senna" sempre gera apelo e comoção, mas estamos aqui para falar do carro, certo? Neste quesito, se a McLaren tem ido muito mal na F1 nos últimos anos, sua divisão de esportivos de rua continua a produzir exemplares bastante cobiçados mundo afora.
No caso do 720S, sucessor do 650S, a fabricante utilizou um motor V8 biturbo de 4 litros que rende 720 cv de potência (o 650S gerava 650 cv, daí a troca de nomes) e 57,9 kgfm de torque (contra 50,1 kgfm do antecessor).
E olha que estamos falando de um carro "de entrada"...
Óbvio que, com os novos dados, o McLaren Super Series ficou mais veloz: aceleração de 0 a 100 km/h baixou da casa de 3 segundos, chegando a 2,9 segundos. Já a velocidade máxima subiu de 333 km/h para 341 km/h.
Embora a fabricante anuncie que cerca de 90% do carro é novo em relação ao 650S, tecnicamente o 720S está mais para uma evolução. Fórmula de chassi (em fibra de carbono), motorização central-traseira e transmissão automatizada de dupla embreagem e sete marchas, com tração traseira, foram mantidos.
Outro avanço: o peso foi reduzido em 18 kg, 1.283 kg em ordem de marcha. Capacidade de frenagem aumentou: o cupê agora vai de 200 km/h à imobilidade em 117 metros e 4,6 segundos, quase os mesmos índices do modelo de topo da marca, o P1. Para isso, o 720S faz uso de freios em carbono-cerâmica com pinças mais leves e rígidas.
Por dentro, chama atenção o novo painel de instrumentos dobrável -- quando fechado, em modo de pista fechada, os mostradores se resumem a uma faixa de LCD mostrando giros do motor, velocidade e marcha engatada; quando aberto, o cluster fica completo e permite ajustar todas as assistências eletrônicas.
Pena que, visualmente, o 720S não tenha o mesmo charme do antecessor (pelo menos na parte dianteira, especialmente em relação aos faróis). Preços ainda não foram anunciados, mas já se espera por um reajuste sobre os US$ 265 mil (cerca de R$ 826 mil) iniciais cobrados hoje pelo 650S.
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