Ford usa revisão fixa para vender Mustang até a quem não quer esportivo

Cliente pode incorporar preços da manutenção e até garantia extra no valor da prestação

É fato que o Ford Mustang é sucesso de vendas no mundo todo -- o carro consegue ser líder entre cupês esportivos até mesmo na Europa, desbancando modelos ingleses, franceses, italianos e alemães. Para o Brasil, a Ford não espera fazer do seu carro-ícone um sucesso absoluto de vendas -- afinal ele custa R$ 300 mil. Mas a fabricante aposta que o cupê pode, sim, se tornar líder do segmento de esportivos, dobrando a participação de mercado da categoria (de 0,07% para 0,14%).

Para tanto, montou um plano de pós-venda com custos fixos para fisgar clientes de outras marcas e mesmo quem não está familiarizado com esportivos. São pedidos R$ 652 por cada uma das duas primeiras revisões (realizadas a cada 12 meses ou 10.000 km), subindo para R$ 1.576 na manutenção programada dos 30.000 km ou 36 meses.

Se o cliente optar pelo plano "Ford Protect", os custos de manutenção são incorporados ao valor final do veículo e diluídos em prestações. A conta será de R$ 3.298 para o plano de três primeiras revisões; ou R$ 4.434 para o plano de manutenções até 40 mil km (ou 48 meses); ou ainda R$ 5.571 adquirindo as revisões até 50 mil km ou 60 meses. Nos dois últimos planos, ainda há a oferta de um ano de garantia adicional -- totalizando cinco anos se o cliente adquirir o plano mais caro.

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Mão de obra treinada

Das 400 concessionárias Ford existentes no Brasil, mais de 350 estão autorizadas a realizar manutenções periódicas, aponta a Ford. Dessas, 36 foram especialmente treinadas para executar reparos mais extensos. Além da central de atendimento por telefone, os clientes podem agendar os serviços pela internet.

Independente do objetivo ser cumprido ou não, fato é que, de dezembro a meados de março, no período de pré-venda, 230 carros já haviam sido reservados na pré-venda. Fosse uma corrida de cavalos, daria para dizer que o Mustang largou bem.