Por que Fiat, Toyota e outras gigantes "deram o cano" no Salão de Frankfurt
O Salão de Frankfurt é um dos maiores do mundo. Bienal, ele reveza com o de Paris no posto de mais importante feira da indústria automobilística na Europa. Muito à vontade em casa, as fabricantes alemãs marcaram seu lugar. BMW, Mercedes e Volkswagen, incluindo boa parte das marcas do grupo VW, apresentaram novidades. No entanto, algumas ausências importantes foram sentidas.
Diante do custo alto para montar um espaço nos salões e da atratividade cada vez maior de feiras de tecnologia, como a CES, em Las Vegas (EUA), marcas importantes têm abandonado os shows tradicionais de carros há alguns anos.
Nesta edição, a FCA, dona das marcas Fiat, Dodge, Chrysler e Jeep, não deu as caras. As japonesas Toyota, Mitsubishi, Nissan e Subaru também preferiram ficar de fora. Apenas a Honda está em Frankfurt, com seu pequeno elétrico. A sul-coreana Hyundai veio, mas a sua irmã de grupo, a Kia, não.
O grupo francês PSA deve ter guardado as novidades das marcas Peugeot e Citroën para Paris 2021, uma vez que decidiram não participar. Apenas a Opel, recém-comprada pela PSA da Chevrolet e que atua mais na Europa, apareceu com o novo Corsa. Já a marca norte-americana ou qualquer outro vestígio de GM, nem sinal.
A Renault anunciou que não viria. Na última hora, colocou uma unidade do Captur reestilizado, já revelado em fotos, em um quiosque diminuto nas vias de acesso aos pavilhões.
A Volvo, claro, também não veio. A marca abandonou salões há alguns anos por entender que o retorno não compensa e foca em eventos menores para clientes. Marcas de luxo e sempre muito procuradas por visitantes, como Ferrari, Rolls-Royce e Aston Martin, também pularam fora de Frankfurt 2019.
Até a Bugatti, que fabrica modelos de milhões de euros, preferiu não mostrar carros. Mesmo com o grupo VW ocupando um dos maiores pavilhões, a marca francesa de alto luxo que integra o conglomerado estava apenas com uma sala de reuniões, localizado a bons metros de distância do piso principal, apenas para entrevistas.
10 milhões por estande
Fontes ligadas a fabricantes presentes na feira revelaram a UOL Carros, em condição de anonimato, que montar um estande em Frankfurt custa, no mínimo, entre 3 e 4 milhões de euros.
Esse valor, dizem nossas fontes, seria o mínimo. A partir daí, tudo o que a marca escolhe colocar de tecnologia - telões HD, luzes, partes que se movimentam, carro no teto, sistemas interativos e de realidade aumentada, bares e cafés - vai acrescentando ao preço da estrutura.
As fabricantes não abrem o total investido em salões. A reportagem apurou que o espaço do grupo VW, que tem a maior área, e o da Mercedes, com três andares, teriam custado entre 8 e 10 milhões de euros.
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