Testamos: Audi Q3 vem repaginado e moderno para se impor entre SUVs premium
SUV mais vendido da Audi no país, o Q3 passou a ser sinônimo de antigo no segmento nos últimos anos. A marca correu para reverter isso, trouxe umas unidades da nova geração do modelo para jornalistas dirigirem em novembro e no mesmo mês iniciou a pré-venda.
O novo Q3 ganhou mídia e mais de 700 intenções de venda no sistema de reserva. Ao mesmo tempo, a Audi segurou o preço da versão inicial do Q5 na faixa dos R$ 200 mil. Uma forma, talvez, de estancar maiores perdas para rivais mais modernos, como BMW X1 e Volvo XC40.
O fato é que a Audi virou o jogo na categoria de SUVs médios premium. O modelo, que começa em R$ 179.990 na versão Prestige, ficou, de cara, mais bonito e moderno em relação aos concorrentes.
A grade octogonal segue o estilo já implementado no grandão Q8. Faróis de LED e lanternas pontiagudas que invadem a tampa do porta-malas também estão de acordo com as novas diretrizes de design do fabricante.
O Q3 agora também parece mais robusto. De fato, está maior, com 9,7 cm a mais no comprimento (4,48 m) e 2,5 cm adicionais na largura (1,84 m). Mas o capô elevado e as saliências e vincos nas laterais reforçam essa impressão.
O aumento nas medidas se reflete diretamente na vida a bordo. Na região da Serra da Mantiqueira, dirigimos a versão topo de linha Black, que custa R$ 209.990. A posição de dirigir é agradável, os bancos têm abas que seguram bem o corpo e a visibilidade é ampla.
Para quem vai atrás, as coisas melhoraram também. O ganho de 7,7 cm no entre-eixos (2,68 m) deixou mais espaço para pernas e joelhos dos passageiros. O assento ainda é corrediço e há regulagem de inclinação do encosto.
O aumento nas dimensões serviu também para amenizar uma das principais críticas ao primeiro Q3: o porta-malas. Com 530 litros, 70 a mais, só tem 30 a menos do que o do Q5. E chega a 675 litros ao colocar o banco traseiro todo para a frente.
Como anda
O novo Q3 mantém o motor 1.4 TFSI de 150 cv - mesmo de versões do VW T-Cross. O desempenho é gradual e o suficiente para o SUV de mais de 1.500 kg.
Não espere esportividade, mas sim conforto. O câmbio S-tronic automático de seis marchas faz mudanças suaves e rápidas.
Se quiser alguma dose de emoção, o jeito é apelar para o modo Dynamic do Audi Drive Select. Ele eleva discretamente as rotações e acelera o tempo de resposta da transmissão, além de deixar a transmissão algo mais direta.
Outra opção é, nas retomadas, botar a caixa para o modo sequencial e acionar as aletas atrás do volante. A 1.500 rpm, os quase 26 kgfm já enchem o motor para as ultrapassagens.
Com este conjunto, o 0 a 100 km/h é feito em 9,3 segundos. Já a máxima é limitada em 207 km/h. Os dados são da própria Audi.
O comportamento dinâmico do Q3 também evoluiu. O carro está mais firme nas curvas, contudo merecia uma direção mais precisa em altas velocidades - mesmo no modo Dynamic do Audi Drive Select.
A suspensão, por sua vez, trata bem dos ocupantes. Filtra bem os buracos e imperfeições sem parecer muito molenga. Meio-termo típico de carros com proposta familiar.
Equipamentos
O Q3 ganhou mais recheio nessa segunda geração. Toda a linha sai de fábrica com abertura automática da tampa do porta-malas - aquela que você passa o pé por baixo do carro e a porta traseira abre.
Ar-condicionado automático e central multimídia MMI de 8 polegadas também estão lá. Esta tem câmera de ré, conectividade com Android Auto e Apple Car Play e quatro entradas USB. Só que as duas traseiras são USB-C e requerem adaptadores para a maioria dos aparelhos?
Na segurança, seis airbags, controles de estabilidade e tração e a novidade, o assistente à partida em rampas. O quadro de instrumentos é digital, mas só passa a ser o configurável Virtual Cockpit na versão intermediária Prestige Plus. Ela custa R$ 189.990.
A topo de linha avaliada traz tudo de possível na linha do Q3. Bancos com couro Alcântara - sendo os dianteiros elétricos -, teto solar, volante com base chata e Park Assist.
No desenho, acabamento preto brilhante no para-choque e na capa dos retrovisores, além de rodas de liga leve de 19 polegadas. Mas a versão pode ir além dos R$ 210 mil.
Acabamento de couro Alcântara no painel e nas portas e pacote de luzes ambiente são vendidos como opcionais de R$ 4 mil e R$ 3.500, respectivamente. Já o controle de cruzeiro adaptativo com frenagem automática de emergência custa R$ 8 mil.
Veja os preços e equipamentos do novo Audi Q3
Prestige - R$ 179.990
Seis airbags, controles de estabilidade e tração, assistente à partida em rampas, câmera de ré, ar-condicionado automático e digital, central multimídia com tela de 8,8", Bluetooth, conectividade com Android Auto e Apple Car Play e quatro entradas USB, sensores de chuva e de luminosidade, Audi Drive Select, faróis full LED e rodas de liga leve de 17"
Prestige Plus - R$ 189.990
Adiciona painel configurável Virtual Cockpit, chave presencial, retrovisores rebatíveis eletricamente, pacote de luzes, porta-malas com abertura automática, espelho interno eletrocrômico, ar automático bi-zone com saída para o banco traseiro é rodas de 18".
Opcional: teto solar elétrico por R$ 8.000
Black - R$ 209.990
Adiciona bancos esportivos com couro Alcântara, Park Assist, volante de base reta, teto solar elétrico, bancos dianteiros elétricos, acabamento preto brilhante na capa dos espelhos e nos para-choques, teto com revestimento de tecido escuro e rodas de 19".
Opcionais: controle de cruzeiro adaptativo com frenagem automática e Audi Pre-sense (R$ 8.000), pacote de luzes (R$ 3.500) e revestimento de couro Alcântara no painel e portas (R$ 4 mil).
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