Renault Kwid 2023 é lançado: veja mudanças, preços e primeiras impressões
A Renault se antecipou e já lançou a linha 2023 do compacto Kwid. O modelo tem sua primeira grande mudança desde que chegou ao mercado brasileiro, em junho de 2017- e que foi antecipada por fotos do exterior e um flagra da versão brasileira publicado por UOL Carros.
Oferecido em três versões, Zen, Intense e Outsider, o Kwid subiu a régua ao matar a versão basicona Life. De acordo com a Renault, o modelo mais barato era responsável por menos de 1% das vendas.
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Os preços também retrataram o novo posicionamento do carro (e de todas as marcas de maneira geral), com valores que vão de R$ 59.890 a R$ 67.690.
Versões e preços
- Kwid Zen: R$ 59.890
- Kwid Intense: R$ 64.190
- Kwid Outsider: R$ 67.690
Design
O Kwid mudou bastante na dianteira. O carro ganhou faróis bipartidos, com luzes diurnas na parte superior e faróis na parte debaixo, como ocorre com a picape Fiat Toro.
A grade também é nova e traz a linguagem que a Renault estreou no Brasil com Duster e Captur reestilizados. Na traseira, as lanternas ganharam um novo grafismo das luzes, que são de LEDs, e o para-choque agora tem refletores nas extremidades.
Equipamentos
O Kwid 2023 também mudou bastante a lista de equipamentos. O subcompacto agora tem um painel de instrumentos digital de LEDs, com mais funções, computador de bordo e novo revestimento nos bancos.
Além dos quatro airbags que já oferecia anteriormente, o carro agora tem controles de tração e estabilidade, além de assistente de partida em rampa, tudo de série.
Ainda ganhou sistema Start&Stop, luzes diurnas de LEDs e sensor de pressão nos pneus. Desde a versão de entrada há alerta sonoro do cinto de segurança, direção elétrica, ar-condicionado, computador de bordo e vidros e travas elétricas.
Nas versões Intense, com o opcional de pintura bicolor, e Outsider, outra novidade é a introdução de rodas de liga leve de 14". Nas opções Zen e Intense sem pintura biton foram mantidas as rodas de aço com calotas.
A partir da versão Intense, o Kwid 2023 traz central multimídia, agora com tela de 8", e integração com Android Auto e Apple CarPlay por cabo USB, além de comando satélite de áudio na coluna e comandos por voz.
Na opção Intense ainda há maçanetas na cor da carroceria, espelhos com capa na cor preta e ajuste elétrico, chave canivete e câmera de ré.
A variante Outsider, com pegada aventureira, adiciona ao pacote da Intense barras de teto, molduras de proteção lateral nas portas, acabamento "skid plate" cromado nos dois para-choques e bancos com acabamento exclusivo e detalhes na cor verde citron.
Motor
O motor do Kwid 2023 continua a ser o mesmo 1.0 de três cilindros e flex que conhecemos, mas com novas calibragem, central eletrônica e sensor de fase do comando de válvulas.
Com isso, ele passou a render 71 cv com etanol e 68 cv com gasolina. Antes entregava 70 cv e 66 cv, respectivamente. O torque agora é de 10 mkgf e 9,4 mkgf, com etanol e gasolina respectivamente, ante aos antigos 9,8 mkgf e 9,4 mkgf.
O sistema start-stop ajuda a reduzir o consumo ao desligar o carro em pequenas paradas no semáforo. Para funcionar, é preciso colocar a marcha no neutro e tirar o pé da embreagem nas paradas. Com isso, os números de consumo divulgados pela Renault são de 15,3 km/l com gasolina e 10,8 km/l com etanol na cidade. Na estrada, ele é capaz de fazer 15,7 km/l com gasolina e 11 km/l com etanol. Os dados são do Inmetro.
Kwid elétrico chega ainda em 2022
A Renault também confirmou a chegada da versão elétrica, o Kwid E-Tech, ainda no segundo semestre deste ano ao Brasil. De acordo com a marca, o modelo terá um visual levemente diferente do chinês K-ZE e um conjunto exclusivo para o país.
A marca não entrou em detalhes sobre quais as diferenças que o Kwid E-Tech terá na questão mecânica, mas deve ter potência equivalente ao modelo a combustão, ou seja, cerca de 70 cv.
Primeiras impressões
Em termos de visual, fica claro que o Kwid está melhor e com aparência de mais refinado. O carro que nasceu para ser de entrada, mudou conforme o mercado e traz algumas novidades necessárias, além das obrigatórias como controles de tração e estabilidade.
Por dentro, o carro também está melhor, especialmente quando o motorista olha para o painel e tem um mostrador mais completo e funcional que o antigo, incluindo o bom computador de bordo que não estava presente antes.
O carro continua compacto e leva com conforto mesmo só quatro adultos, apesar de ser homologado para cinco pessoas. Para pessoas com 1,80 m ou mais continua não tendo a melhor posição de guiar
Dentro da ideia de custo inferior, ele mantém algumas coisas como os comandos de vidro centralizados no painel, logo abaixo da nova central multimídia, que ganhou seletor giratório para o volume e está maior e com melhor resposta.
Mas ainda assim, houve um pouco de melhora no interior, como na moldura da central multimídia com acabamento em preto brilhante.
A direção do carro não mudou. Ele continua indo muito bem na cidade, tanto pelo espaço diminuto que tem, quanto pela suspensão bem acertada para acompanhar o padrão brasileiro de piso não tão bem cuidado.
O ajuste privilegia o conforto, o que deve fazer mesmo nessa categoria, e não uma pegada esportiva. O motor continua a ser bastante ruidoso dentro da cabine, já que o isolamento acústico entre o motor e a cabine é fraco.
O câmbio e a direção têm a pegada urbana e não passam muita precisão, mas mais conforto e leveza para o acionamento, o que é bom em um carro cujo uso é majoritariamente na cidade.
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