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Honda City hatch é lançado; veja preços, versões e primeiras impressões

José Antonio Leme

Do UOL, em São Paulo (SP)

23/02/2022 12h00

A Honda lançou oficialmente nesta quarta-feira (23) uma de suas principais apostas para o mercado brasileiro: a versão hatch do compacto premium City, que chega para substituir o Fit tanto na linha de produção, em Itirapina (SP), quanto na gama de produtos - apesar de o pequeno monovolume ainda existir em outros mercados.

O carro chega em duas versões, EXL e Touring. Diferentemente do sedã, não terá a variante mais básica, EX. As primeiras unidades começam a ser entregues aos clientes da pré-venda em março, quando inicia a produção regular do hatch que tem preços de R$ 114.200 e R$ 122.600, respectivamente, no preço Brasil.

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No que diz respeito ao visual, a Honda manteve a pegada mais inventiva dos últimos anos e apostou em um design bastante moderno para o hatch - e em parte para o sedã, já que compartilham as linhas. Destaque para a traseira, que ganhou pegada mais mais jovem do que havia no Fit.

A única diferença visual no que é compartilhado com o sedã em termos de design está na grade dianteira. Enquanto o três volumes tem na grade superior barras horizontais que cortam o fundo do símbolo da marca, no hatch a empresa optou pelo estilo colmeia, que realça o estilo esportivo.

Equipamentos

Desde a versão de entrada EXL o City hatch traz chave presencial com partida por botão, central multimídia com tela de 8" e conexão sem fio a Android Auto e Apple CarPlay, além de seis airbags e câmera de ré.

Há ainda lanterna de LEDs, sensor de pressão nos pneus, rodas de liga de liga leve 16" com o mesmo design escolhido para o sedã, faróis de neblina, borboletas para trocas de marchas atrás do volante e controles de tração e estabilidade, além de assistente de partida em rampa.

Por fim, o EXL traz bancos de couro preto, painel semi-virtual e configurável com tela de 7" colorida, sensor de estacionamento na traseira e o Lane Watch, que usa uma câmera sob o retrovisor externo direito que é acionada ao ligar a seta para a direita para eliminar um possível ponto cego.

Na versão Touring, de topo, além de todos os itens da EXL, há faróis Full-LEDs, incluindo as luzes de neblina, sensor de estacionamento também na frente e o Honda Sensing, um pacote de tecnologias de segurança ativa e passiva que estreou no Brasil no Accord e depois chegou ao CR-V e ao Civic.

Ele inclui a frenagem autônoma de emergência, leitor de saída de faixa com centralização na faixa e correção no volante, controle de velocidade adaptativo e o farol alto automático, que volta para o facho normal em caso de veículo à frente ou no sentido contrário.

Honda City Hatchback - Simon Plestenjak/UOL - Simon Plestenjak/UOL
Imagem: Simon Plestenjak/UOL

Primeiras impressões

As linhas gerais do City hatch são bonitas e fazem mais sentido do que as do Fit para buscar um público mais jovem, e não mais um perfil familiar que substituiu os monovolumes por SUVs como o WR-V e o HR-V.

Na traseira ele lembra um pouco as linhas do Mercedes-Benz Classe A, mas tem mais detalhes, especialmente dentro do conjunto das lanternas. Na frente, a agressividade das linhas combina com o restante.

Internamente o acabamento é bom, mas não é nenhum primor ou super requintado, apesar dos mais de R$ 120 mil cobrados pela versão de topo. Há muito plástico, mas com texturas e qualidades que, em alguns pontos, até enganam ser outro material.

O único destaque nesse sentido é o cuidado em não exagerar no acabamento preto brilhante (Black Piano), deixando isso apenas para a moldura das saídas de ar-condicionado e da central multimídia, além de uma faixa no painel frente ao passageiro.

Os bancos acomodam bem os ocupantes e tem ajustes manuais de distância e altura, bem como o volante. Para não deixar órfão os antigos clientes do Fit que gostavam do sistema Magic Seat de manipulação dos bancos, o City hatch manteve a tecnologia que permite trabalhar os bancos do passageiro e traseiros de modo a transportar itens grandes dentro do carro.

O espaço interno é bom com folga para quatro adultos de boa estatura viajarem com conforto, tanto na frente quanto atrás. O carro tem uma boa quantidade de porta-objetos e bem posicionados.

A posição de pilotagem agrada bastante e o carro traz algumas características que fazem parte do DNA da Honda: suspensão firme e direção precisa com boa calibragem, que popularizou o Civic entre motoristas mais jovens do que no Corolla, por exemplo.

Com novos amortecedores, com stop hidráulico, a Honda conseguiu mitigar aquelas pancadas secas e o barulho que parecia que estava destruindo tudo por baixo do carro em piso ruim ou buracos que são comuns as ruas e estradas brasileiras.

O motor é o mesmo do sedã, o novo 1.5 com injeção direta de combustível, duplo comando variável de válvulas e o sistema i-VTEC da Honda.

Esse propulsor desenvolve 126 cv a 6.200 rpm e até 15,8 mkgf. A potência é sempre a mesma com etanol ou gasolina, mas o torque muda com o combustível fóssil para 15,5 mkgf, sempre a 4.600 rpm, independentemente do que tem no tanque de 39,5 litros.

O consumo divulgado do City hatch é de de 9,1 km/l e 13,3 km/l na cidade e de 10,5 km/l e 14,8 km/l na estrada, com etanol e gasolina, respectivamente.

Na prática, o motor que vem associado a um novo câmbio CVT deixou o carro mais esperto que o anterior. Especialmente nas arrancadas em circuito urbano, o comportamento melhorou bem.

Na estrada, ele desempenha bem, mas sem grandes surpresas. O câmbio CVT tira muito da resposta ágil quando associado a um motor aspirado, mas segundo a Honda a sua clientela não fazia questão de tanta performance em detrimento de consumo.

Quando está embalado, o City hatch vai bem na estrada, mas não há como esperar um desempenho esportivo no mesmo nível do desenho do carro.

Honda City Hatchback - Simon Plestenjak/UOL - Simon Plestenjak/UOL
Imagem: Simon Plestenjak/UOL

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