Civic x Corolla: por que Honda tem tudo para virar o jogo contra o rival

O novo Honda Civic já foi confirmado para o Brasil em duas configurações bem distintas: a híbrida e:HEV e a esportiva Type R. Ambas enfrentarão uma concorrência boa. A primeira disputará com o Toyota Corolla Hybrid, enquanto a segunda está destinada ao embate com o Corolla GR.

Porém, se a briga entre os esportivos tende a dar o prêmio de mais rápido para o arquirrival, o Civic ecológico pode ganhar a disputa com a marca concorrente. A chegada dele está confirmada para o último trimestre de 2022.

Relacionadas

Mini-Gol: por que Volkswagen criou carro para pessoas com menos de 1,5 m

Expulso do BBB? 'Rei do engajamento' faz sucesso com trollagem sobre carros

Tabela Fipe: Veja valores para negociar carros, motos e caminhões

O Civic e:HEV tem qualidades interessantes para ser, mais uma vez, o grande concorrente do Corolla. Ao contrário do nacional, que tinha versões flex 2.0 e 1.5 turbo para enfrentar toda a gama do antigo Toyota, a disputa será apenas entre os híbridos, dado que a Honda não trará, por ora, outras versões do Civic de três volumes.

Será uma rixa e tanto, mas já temos que adiantar que a balança tende para o Civic. O Honda é mais potente e promete ser mais econômico. O único ponto que falta ser confirmado é o preço. O Corolla Hybrid Altis Premium custa R$ 188.990, valor que deve ser menor do que o do adversário, uma vez que o competidor será importado e tende a chegar a mais de R$ 200 mil - é apenas uma projeção, não há tabela definida oficialmente.

Ambos são híbridos convencionais, ou seja, sem opção de serem carregados na tomada. O lançamento é mais potente e tem torque maior: 184 cv e 32,1 kgfm. O motor 2.0 é mais forte do que o 1.8 do Corolla, entretanto não dá para dizer exatamente o quanto.

Não é uma questão de preguiça de fazer contas, pois o fato é que a Toyota não divulga os números combinados do 1.8 a combustão e dos dois motores elétricos. Apenas se limita a dizer que o quatro cilindros flex gera 101 cv e 72 cv na eletricidade (sem soma). Por sua vez, o torque é de 14,5 kgfm na combustão e 16,6 kgfm dos propulsores elétricos - estima-se que a potência combinada seja de 122 cv.

É o suficiente para o Civic partir com várias cabeças de vantagem. A versão hatch híbrida europeia até pode ter um desempenho um pouco melhor do que o performado pelo sedã, mas serve de parâmetro para o que podemos esperar.

A aceleração de zero a 100 km/h é despachada em 7,8 segundos, tempo parecido com o turbo da antiga geração. Muito mais rápido que os cerca de 12 s exigidos para o Corolla cumprir a mesma prova.

Importante em um híbrido, a economia pode ser mais parelha. O Civic consegue fazer uma média de 21,3 km/l e o Corolla, 16,2 km/l (gasolina). Vale reforçar que o Honda será movido apenas a gasolina. Há um ponto curioso: o Toyota tem tanque de 50 litros, face 40 l do oponente. A despeito disso, a autonomia é maior no Honda, que roda até 852 km, versus 810 km.

Quanto ao espaço, a dupla reserva um bom espaço para as pessoas. O Toyota tem 2,70 metros de entre-eixos, um pouco menos do que os 2,73 m do Honda, mas dá o troco em espaço do porta-malas: 470 litros. E quanto ao Civic? A marca não divulgou oficialmente o volume disponível no compartimento do carro. No entanto, se você quer um parâmetro, o hatch vendido na Europa chega a 410 l.

Quanto aos itens de tecnologia e segurança, eles partem do mesmo ponto. Há alerta de colisão, frenagem automática, alerta de manutenção de faixa e de saída de via e controle de cruzeiro adaptativo (com assistente de trânsito). O Civic leva vantagem no freio de estacionamento eletrônico auto hold (segura o carro automaticamente em paradas), enquanto o Corolla possui alavanca tradicional.

Tudo isso não quer dizer que o Honda ganha de lavada, dado que a Toyota também tem algumas armas. A maior delas é o facelift do Corolla, evento que deve acontecer até meados de 2023. No exterior, o sedã já teve o primeiro facelift apresentado. Há mudanças no motor 1.8, que passa a gerar 140 cv, um bom incremento em relação aos 122 cv. O resultado é uma aceleração de zero a 100 km/h em 9,2 s.

O melhor mesmo é o 2.0 Hybrid, a mesma litragem do motor convencional do Civic e:HEV. O propulsor quatro cilindros dispõe de 196 cv e faz a prova em 7,5 s. A configuração é a grande rival do Honda em outros mercados. A questão é se a variante mais potente será oferecida no Brasil. Caso sim, será uma briga mais do que acirrada.

Quer ler mais sobre o mundo automotivo e conversar com a gente a respeito? Participe do nosso grupo no Facebook! Um lugar para discussão, informação e troca de experiências entre os amantes de carros. Você também pode acompanhar a nossa cobertura no Instagram de UOL Carros.