A Ranger XLT não faz feio diante das rivais. O motor 3.2 turbodiesel de 200 cv supera os 178 cv da Hilux e se iguala a S10. Apenas a Amarok tem uma versão mais potente: a V6 tem 225 cv. Na prática, a picape tem desempenho elogiável nas acelerações e força de sobra para vencer obstáculos em trilhas no fora de estrada.
O câmbio automático de seis marchas, porém, é um pouco "preguiçoso" e demora a trocar as marchas. Isso faz com que a picape perca um pouco de agilidade nas arrancadas e retomadas, especialmente se carregada de pessoas ou carga.
A direção é extremamente leve, e isso é uma mão na roda na hora de manobrá-la em lugares apertados. Dificilmente você precisará fazer muito esforço, como acontece na Toyota Hilux. O lado ruim aparece na estrada, já que a picape parece bem suscetível a ventos laterais e demanda constantes correções de trajetória acima de 100 km/h.
Fora do asfalto, a Ranger se mostrou muito valente. Além da tração nas quatro rodas, a picape tem bloqueio do diferencial e controle de velocidade em descidas, recursos muito úteis na transposição de terrenos acidentados.
A altura livre do solo é de 23,2 cm e os ângulos de entrada (28º) e saída (26º) favorecem a incursão da picape em pisos pouco amigáveis. E a Ford diz que a Ranger consegue atravessar uma área alagada de até 80 cm, sendo a maior capacidade de imersão da categoria.