Fiasco dos homens pressiona Brasil na Copa América de basquete feminino
Pressionada pelo fracasso da seleção masculina, desfalcada de sua principal jogadora e formada por um grupo inexperiente. Atual bicampeã, a equipe nacional do Brasil terá de vencer todos esses percalços para manter a hegemonia na Copa América de basquete feminino, cuja primeira rodada acontecerá neste sábado.
O Brasil estreia contra Porto Rico, às 20h30, com transmissão ao vivo do canal fechado Sportv e acompanhamento do placar do UOL Esporte. A Copa América de basquete feminino tem dez participantes e oferece três vagas para o Mundial da Turquia, que será realizado no próximo ano.
“Porto Rico possui uma estatura baixa, mas é uma equipe muito rápida. Elas usam bastante o contra-ataque e o corta luz direto. Tentam sempre desequilibrar a defesa e aproveitar essa situação para uma infiltração ou um arremesso mais fácil. Além disso, possuem jogadoras que arremessam bem”, avaliou Cristiano Cedra, que é auxiliar-técnico da seleção brasileira e faz edições de vídeos dos jogos do Brasil e de adversários.
Para ser um dos três classificados, porém, o time dirigido por Luiz Augusto Zanon terá de superar uma série de fatores. A começar pela pressão gerada pelo basquete masculino, que perdeu todos os jogos na Copa América deste ano e não obteve vaga para o Mundial de 2014.
Assim como aconteceu com os homens, aliás, a seleção feminina terá uma baixa significativa. A pivô Érika, que defende o Atlanta Dream, pediu dispensa da Copa América para disputar a fase final da liga profissional de basquete feminino (WNBA). A jogadora tem média de 12,9 pontos e 9,9 rebotes nesta temporada, rendimento que rendeu até uma convocação para o Jogo das Estrelas.
“Eu havia falado com ele [Zanon] três dias atrás. Ele esperou até o último minuto para ver se encontraríamos uma saída, o que, infelizmente, não aconteceu”, disse Érika nesta semana ao blog “Bala na Cesta”.
Sem Érika, 31, Zanon ficou com quatro pivôs (Clarissa, Damiris, Fabiana e Nádia). E mais do que isso, concentrou nas mãos um grupo extremamente jovem para a disputa da Copa América.
Adrianinha, 34, será a mais experiente do Brasil. Remanescente da equipe que conquistou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000, a armadora é a única entre as 12 atletas do elenco que já disputou uma Copa América.
“Eu tento passar um pouco da minha experiência para elas, mas o peso da camisa é a mesma para todas, já que somos um time. Ser uma referência é uma motivação a mais para trabalhar”, disse Adrianinha.
Nas cinco edições da Copa América disputadas desde 2001, o Brasil acumulou quatro títulos e um vice-campeonato (em 2005, quando perdeu a decisão para Cuba).
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