Brasil promete presença de atletas da NBA para ser convidado ao Mundial
Criticados por Rubén Magnano, os jogadores da NBA que pediram dispensa da Copa América possuem papel central no lobby da CBB junto à Fiba para tentar ficar com um dos convites para o Mundial. Em seu trabalho nos bastidores, os cartolas brasileiros prometeram aos dirigentes da entidade máxima do basquete que o país contará com força máxima caso seja chamado para disputar a competição.
“Posso garantir que todos os atletas do Brasil estão disponíveis. Conversei com eles e nenhum jogador deixará de ir [ao Mundial] por não querer estar com a seleção”, disse Vanderlei Mazzuchini, diretor técnico da CBB, ao UOL Esporte. “Anderson [Varejão], Nenê, Tiago [Splitter], Leandrinho, todos querem estar com a seleção”.
O Brasil sofreu com sete pedidos de dispensa para a disputa da Copa América. Nenê, Leandrinho, Anderson Varejão e Marquinhos alegaram lesões, Tiago Splitter optou por tirar férias após oito anos seguidos com a seleção, enquanto Lucas Bebê e Vitor Faverani preferiram focar nas negociações com equipes da NBA.
Como resultado, o país levou um time enfraquecido para a Venezuela e fracassou na seletiva continental. Perdeu seus quatro jogos na primeira fase, entre eles reveses para Jamaica e Uruguai, e não conseguiu a classificação direta para o Mundial pela primeira vez na história.
As constantes dispensas pesam contra o Brasil na busca por um convite para o Mundial. Em entrevista ao Sportv, o presidente da Fiba Américas Alberto Garcia admitiu que a entidade máxima do basquete teme que o Brasil volte a ter problemas na convocação e não leve força máxima para o Mundial caso receba o convite.
Em resposta, o presidente da CBB, Carlos Nunes, disse em entrevista ao Sportv que não existe a possibilidade dos atletas da NBA se recusarem a disputar o Mundial. O dirigente ainda afirmou que os jogadores devem emitir em breve um comunicado se colocando à disposição do time nacional.
“É muita fofoca, é muita gente falando. Prefiro ter cuidado nessa hora, pois toda notícia que sair agora será negativa. Mas quem garante que o Pau Gasol vai estar lá [com a Espanha]? Você sempre está sujeito a dispensas por motivos que fogem ao atleta, como lesões. Mas garantimos que nossos jogadores querem sim defender a seleção no Mundial”, comentou Mazzuchini.
Além da possível presença dos atletas da NBA, o Brasil tem a seu favor o fato de ter participado de todas as 16 edições do Mundial já realizadas. O país ainda será sede das Olimpíadas de 2016 e fez boa campanha nos Jogos de Londres-2012, quando ficou na quinta colocação. Atualmente, a seleção verde-amarela aparece em nono lugar no ranking da Fiba.
A Fiba ainda não definiu quais serão os critérios para a distribuição de convites, que passaram a ser oferecidos no Mundial de 2006. Na ocasião, Turquia, Itália e Sérvia e Montenegro ficaram com as vagas. Já em 2010, foram três europeus (Rússia, Alemanha e Lituânia) e um asiático (Líbano). Os interessados tiveram que pagar uma taxa de 500 mil euros (cerca de R$ 1,5 milhão) para se candidatarem ao benefício.
Procurada pelo UOL Esporte no início do mês, a Fiba respondeu através de sua assessoria que a definição sobre os convites será colocada em discussão na próxima reunião do Conselho Geral da entidade, que ocorrerá em novembro, em Buenos Aires (Argentina).
“O presidente [Carlos Nunes] já se reuniu com o Patrick [Baumann, secretário-geral da Fiba] e iniciou as conversas. Mas ainda não tem nada, não sabemos nem como será o processo para manifestar intenção ao convite. Vai depender do que a Fiba utilizará como critério, se será apenas técnico ou se levará em conta o comercial”, afirmou Mazzuchini.
Potências europeias, Rússia, Grécia, Turquia e Itália fracassaram na seletiva continental e aparecem como principais rivais do Brasil por um convite ao Mundial, assim como China e Venezuela.
CONFIRA OS PRÓS E CONTRAS DOS RIVAIS DO BRASIL PELO CONVITE
Rússia
País de grande tradição no basquete, conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Londres-2012. É sexta colocada no ranking da Fiba e conta com três atletas da NBA, entre eles Andrei Kirilenko. Tricampeã mundial como União Soviética, foi duas vezes vice após a separação do bloco. Já recebeu convite para a competição em 2010.Itália
Convidada em 2006, aparece apenas em 21º no ranking da Fiba e corre por fora. A seu favor pesa a presença de quatro jogadores importantes da NBA, entre eles Danilo Gallinari e Andrea Bargnani, e a tradição no basquete, com grandes times no cenário europeu.Turquia
É a atual vice-campeã mundial e foi sede da última edição do torneio. Possui torcida fanática por basquete e times importantes na Euroliga. Está à frente do Brasil no ranking da Fiba, ocupando atualmente a sétima colocação, e conta com quatro atletas que atuam na NBA. Foi uma das equipes convidadas para o Mundial de 2006.Grécia
Vice-campeã mundial em 2006, é a quarta colocada do ranking da Fiba. Possui clubes de muita tradição e conta com o atual tricampeão da Euroliga, o Olympiacos.China
Aparece apenas em 11º no ranking da Fiba, mas tem a seu favor sua grande representatividade na Ásia e um imenso mercado consumidor. Basquete se tornou muito popular no país, principalmente após a passagem de Yao Ming pela NBA.Venezuela
Quinta colocada na Copa América, foi elogiada pela Fiba pelo crescimento de sua seleção e pela organização do torneio. A falta de resultados internacionais expressivos e a 24ª colocação no ranking pesam contra o país.
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