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Mercedes diz ter parado de desenvolver carro de 2021, mas Red Bull duvida
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Nem parece que, há apenas quatro provas, Lewis Hamilton e a Mercedes bateram Max Verstappen e a Red Bull de maneira convincente no GP da Espanha. Na prova de Barcelona, a chave foi o desgaste maior dos pneus traseiros. No último domingo, no GP da Estíria, essa vantagem pareceu desaparecer: Verstappen conseguiu abrir uma vantagem que chegou a 17s antes de Hamilton parar novamente para fazer a volta mais rápida e em momento algum pareceu sofrer mais que o rival com seus pneus.
O que aconteceu nas últimas seis semanas mostra o momento diferente das duas equipes. A Red Bull atendeu aos pedidos de Verstappen para seguir desenvolvendo o carro deste ano, enquanto a Mercedes já está totalmente focada em 2022 e vem apostando em mudanças de acerto para tirar o máximo do carro que tem em mãos.
No GP da Estíria, claramente não foi o suficiente, mas a avaliação da equipe é de que algumas pistas podem favorecer seu carro e mudanças no acerto já para a corrida deste fim de semana, que também será no Red Bull Ring, podem ajudar no rendimento dos pneus traseiros.
"Esse circuito é peculiar e a Red Bull sempre foi forte aqui", explicou o chefe de engenharia da Mercedes, Andrew Shovlin. "Mas estamos explorando uma direção bem diferente em termos de acerto do carro, uma abordagem bem radical, que talvez tenha sido melhor para uma volta lançada. Mas a questão é se isso foi ruim para a degradação dos pneus e é isso que temos de entender nos próximos dias."
A equipe não quer mudar sua abordagem de focar o trabalho em túnel de vento, que é limitado neste ano tanto pelo próprio regulamento de desenvolvimento aerodinâmico, quanto indiretamente pelo teto orçamentário no carro de 2022, que será totalmente novo. Para o equipamento deste ano, resta fazer mudanças mais operacionais para tentar extrair o máximo de rendimento possível, como explicou o chefe Toto Wolff.
"Temos um carro totalmente novo ano que vem, com um combustível diferente, um motor diferente que será homologado e congelado. E o carro tem um conceito totalmente novo. Você precisa equilibrar essas duas temporadas. E o tempo dirá, quando olharmos para trás daqui a 10 anos se essa foi a decisão certa ou não. Mas, de qualquer maneira, a briga não acabou."
Do lado da Red Bull, foram testadas asas dianteiras neste fim de semana e um novo assoalho foi colocado no carro para a corrida. A equipe julga que é possível melhorar o carro atual ao mesmo tempo em que grande parte dos recursos também já está empregada no carro de 2022.
E há também um clima de desconfiança. O chefe Christian Horner disse não acreditar "que eles vão passar o resto da temporada sem colocar um componente sequer no carro. Mas vamos focar no nosso trabalho. Claro que é uma questão de equilibrar esse ano e o ano que vem, mas se isso quer dizer que temos de trabalhar um pouco mais que os outros, estamos prontos."
Na última grande mudança de regulamento da F1, entre 2013 e 2014, a Red Bull venceu as últimas nove corridas, com Sebastian Vettel. E, na temporada seguinte, iniciou-se o domínio da Mercedes na categoria.
Em 2021, após oito etapas, Verstappen lidera o campeonato de pilotos com 18 pontos de vantagem para Hamilton e a Red Bull está 40 pontos à frente da Mercedes.
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