Sede na Rússia vira 'vila fantasma' seis meses após a Olimpíada de Inverno
Rosa Khutor recebeu as disputas montanhosas dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, em fevereiro deste ano. Lá foram disputadas provas como esqui downhill e snowboard, por exemplo. A 50 km de Sochi, a sede se tornou uma estação de esqui famosa, com boa estrutura. Seis meses depois, no entanto, parece mais uma “sede fantasma”.
A descrição é do jornalista russo Alexander Belenkiy após explorar a vila que recebeu atletas, organizadores e jornalistas no início do ano. O movimento dos Jogos, obviamente, foi fora da curva, mas Rosa Khutor amarga o esquecimento por parte de russos e turistas.
Hotéis, lojas e restaurantes trabalham com uma taxa de ocupação inferior a 5%, segundo o jornalista russo. E nisso está incluído o resort que custou mais de R$ 4 bilhões. Muito dinheiro também foi investido na estrutura viária até a região, com obras de acesso avaliadas em R$ 20 bilhões.
O custo total superior a R$ 110 bilhões fez de Sochi-2014 a edição mais cara dos Jogos de Inverno. Também foi construído um complexo sistema de transporte via teleférico, interligando várias montanhas. O local continua como uma estação de esqui atraente, embora tenha atraído pouca gente desde a Olimpíada.
Os chamados "elefantes brancos" tomavam forma já durante os Jogos. É o caso de um grande shopping que, apesar de novo, já ficava vazio mesmo com a movimentação da competição de fevereiro. Além do resort, outros hotéis foram erguidos e sequer ficaram prontos a tempo. Hoje, estão às moscas.
A movimentação atual é quase inexistente. Proprietários do comércio local aguardam a chegada do inverno, no fim do ano, na expectativa por um maior fluxo turístico. De acordo com Belenkiy, grandes estacionamentos estão totalmente vazios, enquanto outras construções foram abandonadas. E a Copa de 2018 vem aí.
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