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Ron Dennis retoma cargo de direção na McLaren; chefe de equipe pode sair

 Ron Dennis e Martin Whitmarsh durante o GP da Austrália de 2011 - Getty Images
Ron Dennis e Martin Whitmarsh durante o GP da Austrália de 2011 Imagem: Getty Images

Das agências internacionais, em Londres (Inglaterra)

16/01/2014 17h28

O inglês Ron Dennis reassumiu nesta quinta-feira (16) o cargo de diretor executivo da McLaren, que estava nas mãos de Martin Whitmarsh, atual chefe de equipe da escuderia.

Dennis permanece como chairman do Grupo McLaren e presidente da divisão de carros esportivos da empresa, além de acumular a função de direção executiva, que já havia ocupado entre 1982 e 2012. Dennis também foi chefe de equipe, cargo que deixou em 2009. Whitmarsh foi seu sucessor nas duas funções e seu futuro na McLaren foi posto em xeque após o anúncio.

“A partir de fevereiro, vou articular uma nova estratégia e implementar a organização estrutural mais adequada para atingi-la”, disse Dennis no comunicado, que não esclarece qual será o futuro de Whitmarsh. O dirigente também disse que revisará todas as atividades da McLaren e prometeu melhorar o desempenho da empresa dentro e fora das pistas.

Segundo a revista inglesa Autosport, Whitmarsh não compareceu à reunião de 20 minutos de Dennis com os funcionários da McLaren, onde ele teria dito que “haverá mudanças” e que a escuderia “voltará a vencer”.

Na temporada passada, a McLaren, que teve como dupla os pilotos Jenson Button e Sergio Pérez, não conseguiu subir ao pódio, o que não acontecia desde 1980. Em 2014, a escuderia terá o novato dinamarquês Kevin Magnussen no lugar de Pérez, que foi para a Force India.

Vitórias e polêmicas

Dennis começou sua carreira na F-1 nas antigas equipes inglesas Cooper e Brabham, como mecânico, nos anos 1960. Na década seguinte, o inglês iniciou a carreira como chefe de equipe comandando escuderias de categorias menores como a F-2 e a F-3 – com a Project Four, o dirigente conseguiu apoio da Philip Morris, que depois seria carregado para a McLaren na F-1.

Já no comando da equipe inglesa, Dennis atraiu o apoio do empresário saudita Mansour Ojjeh, da empresa TAG, que investiu em motores Porsche turbinados para a McLaren. Em 1984, com uma dupla formada por Niki Lauda e Alain Prost, a escuderia ganhou, com o austríaco, seu primeiro título na F-1 em oito anos.

Dennis teve participação direta na fase mais vitoriosa da McLaren, entre 1984 e 1991, quando a equipe conquistou sete Mundiais de Pilotos em oito anos, com um título de Lauda, três de Prost e três de Ayrton Senna. A equipe voltaria a ser campeã com Mika Hakkinen, em 1998 e 1999.

No entanto, o dirigente passou por momentos difíceis na temporada de 2007, com a briga interna de Fernando Alonso e Lewis Hamilton e a consequente perda do título do Mundial de Pilotos para Kimi Raikkonen, da Ferrari. O espanhol deixou a equipe depois da temporada após vários atritos com o dirigente.

A situação piorou no fim daquele ano, quando a equipe foi considerada culpada por espionar a Ferrari – a McLaren recebeu um dossiê com dados técnicos fornecidos por Nigel Stepney, que era engenheiro da escuderia italiana.

O episódio gerou uma multa de US$ 100 milhões à McLaren, que também perdeu todos seus pontos na temporada de 2007. Naquele ano, ela teria vencido o Mundial de Construtores pela pontuação de Alonso e Hamilton, que foi mantida pela FIA. Dennis teve a imagem arranhada no episódio e deixou a direção executiva da equipe após pouco mais de um ano.

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