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Vaquinha da Caterham tenta R$ 4 mi em um dia, mas equipe aposta em retorno

Administrador espera acerto com investidores para garantir volta em Abu Dhabi - Mark Thompson/Getty Images
Administrador espera acerto com investidores para garantir volta em Abu Dhabi Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

14/11/2014 11h37

A vaquinha virtual da Caterham tem até este sábado para levantar mais 1 milhão de libras (pouco mais de R$ 4 milhões) e assegurar a presença na última etapa da temporada 2014, em Abu Dhabi. E mesmo com as chances de sucesso do crowdfunding cada vez menores, os administradores da equipe mostram otimismo.

Finbar O’Connell, o administrador legal da escuderia, disse nesta quinta-feira ao jornal britânico Daily Telegraph que acredita no sucesso da meta financeira, estipulada em 2,35 milhões de libras (cerca de R$ 10 milhões), para correr. Mesmo que seja por meio de outros investidores.

”Estamos considerando um número de envolvidos que poderiam fazer um investimento substancial. É possível que consigamos 1,8 milhão de libras (mais de R$ 7,3 milhão) amanhã (sexta-feira), mais 500 mil libras (mais de R$ 2 milhões) em promessas, então poderemos tomar a decisão de irmos”, disse O’Connell.

“Não quero fazer drama, mas poderíamos estar mais próximos com doações de fãs, complementado com investidores sérios. Estamos tentando assinar contratos, o que preencheria uma grande cota. Eu acredito muito que iremos correr”, completou.

Caso esteja em Abu Dhabi, a Caterham terá novidades em sua dupla de pilotos, já que o sueco Marcus Ericsson encerrou seu contrato com a equipe. Kamui Kobayashi é favorito à permanência, mas nomes como Roberto Merhi (Espanha), Rubens Barrichello (Brasil), André Lotterer (Alemanha), Alice Powell (Grã-Bretanha) e, agora, Jolyon Palmer (Grã-Bretanha) concorrem ao segundo posto.

No entanto, nem todo mundo demonstra o mesmo otimismo de Finbarr O’Connell a respeito da sobrevivência da Caterham. “A questão é: se eles forem para Abu Dhabi, talvez não tenham dinheiro para voltarem para casa”, disse Bernie Ecclestone, diretor-executivo da Formula One Management (FOM).

Gérard Lopez, dono da Lotus, lamentou a iniciativa. “É triste se você pensar que (o crowdfunding) está sendo usado. A Fórmula 1, um negócio de US$ 1,6 bilhão, distribuiu US$ 900 milhões... E estamos sendo perguntados se a vaquinha é um bom negócio para trazermos uma equipe de volta. É sério?”, questionou Lopez.

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