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Em 2014, Force India incomodou gigantes. Mas quer atenção às nanicas da F1

Equipe conseguiu um pódio e uma volta mais rápida, mas quer atenção rivais menores - VALDRIN XHEMAJ/EFE
Equipe conseguiu um pódio e uma volta mais rápida, mas quer atenção rivais menores Imagem: VALDRIN XHEMAJ/EFE

Do UOL, em São Paulo

30/12/2014 16h51

A Force India teve um papel importante na temporada de 2014 da Fórmula 1. Embora não tenha brigado por vitórias, a equipe de Vijay Mallya somou um pódio (com Sergio Perez, terceiro no Bahrein) e uma volta mais rápida (também com o mexicano, na Áustria). Assim, o time atuou como um elo, que aproximou as equipes pequenas e médias das grandes equipes da categoria.

Equipes do pelotão intermediário – Lotus, Sauber e a própria Force India – ameaçaram se rebelar no fim do ano contra o abismo que a F1 vem desenhando entre as escuderias de ponta e o restante do grid. No entanto, o time indiano, embora tenha sofrido com alegados problemas financeiros, conseguiu o sexto lugar do Mundial de Construtores, com 155 pontos – a McLaren, quinta colocada, somou 181 pontos. No fim, foi a mais competitiva dentre as medianas.

O desempenho de Sergio Perez e Nico Hulkenberg serviu para acordar as equipes grandes. “Estar atrás da Force India era uma preocupação para todo mundo”, disse Eric Boullier, diretor de corridas da McLaren, ao site da revista Autosport.

”Não estamos no mesmo campo de batalha da Mercedes, mas você não pode reclamar, já que eles tinham o melhor motor. É mais fácil quando você sabe que seu downforce e túnel de vento não estão funcionando, (e) você achou o problema no carro. Quando é sobre cultura, processo e liderança, não é fácil achar o problema”, completou Boullier.

Nas primeiras cinco corridas do ano, a McLaren conseguiu colocar seus dois pilotos entre os três primeiros colocados – ambos na Austrália, beneficiados pela punição a Daniel Ricciardo. No entanto, ao fim do GP da Espanha, a equipe inglesa tinha apenas 43 pontos, contra 57 da Force India. A McLaren só assumiu o quinto lugar do Mundial de construtores no GP da Bélgica.

O time de Vijay Mallya, porém, é cauteloso nas perspectivas para o futuro. No discurso, antes de priorizar a briga por poles e vitórias, a equipe quer que a Fórmula 1 consiga olhar com mais atenção às equipes pequenas, para evitar que os times médios e pequenos sejam obrigados a fechar as portas.

“A Fórmula 1 não passa por um grande período, especialmente deste lado do grid. As equipes menores estão sofrendo para sobreviver. Então, espero que o esporte possa fazer algo para nos ajudar e para ajudar a equipe a sobreviver, porque acho que a Fórmula 1 precisa que essas equipes permaneçam”, disse Sergio Perez ao site GP Update.

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