Marussia tentou volta à F1 no fim de 2014. Perdeu dinheiro, mas ainda sonha
A equipe Marussia se ausentou das últimas três etapas da temporada da Fórmula 1 em 2014: Estados Unidos, Brasil e Abu Dhabi. O time chegou a sonhar com o retorno para a última corrida do ano, no Circuito de Yas Marina, mas não conseguiu tirar os planos do papel. E ainda perdeu mais dinheiro.
Para a prova que fechou o ano, a Ferrari – fornecedora de motores da Marussia – chegou a enviar funcionários para os Emirados Árabes Unidos para dar suporte à movimentação. No entanto, segundo a revista Forbes, a saída inesperada de um investidor forçou a equipe a abandonar a prova e a categoria com uma nova dívida, referente apenas àquele final de semana. O valor superaria 29 mil libras, ou R$ 120 mil.
“Na terça-feira, 18 de novembro de 2014, recebi o compromisso de um potencial investidor que garantiria caixa suficiente à Manor Grand Prix para permitir à equipe correr em Abu Dhabi”, disse Geoff Rowley, um dos administradores legais da Marussia, em documento citado pela revista.
“Para viabilizar isto, a equipe teve que ser recomposta, com acertos para viajar para a corrida. Uma quantidade significativa de trabalho foi conduzida em 24 horas, pela Manor Grand Prix e pelos administradores. No entanto, o investidor não foi capaz de assegurar fundos suficientes. Tal investidor concordou em pagar os custos do staff no período; no entanto, até a data deste relatório, um total de 29.443 libras continua sem ser pago”, completa o documento.
Com ainda mais dívidas, a Marussia leiloou seus bens em dezembro – incluindo a sede em Banbury (Inglaterra), adquirida pela futura equipe Haas F1. Entretanto, o que sobrou a Manor Grand Prix ainda sonha com a presença no grid em 2015. John Booth, o chefe de equipe da Marussia até 2014, vê portas abertas.
“Ainda há uma pequena esperança, mas está ficando muito tarde. Temos duas semanas para completar algo, então, ainda há chance”, disse Booth ao jornal The Yorkshire Post. “Estamos conversando com investidores, e as conversas têm sido positivas. O que temos encontrado nas pessoas são várias reações positivas”, acrescentou.
A Manor está inscrita na temporada 2015, e inclusive chegou a desenvolver um chassi, o MNR1. Caso consiga de fato voltar às pistas, a equipe receberia uma bonificação de 40 milhões de libras, referente ao nono lugar do Mundial de construtores de 2014, conquistado graças ao nono lugar de Jules Bianchi em Mônaco.
“Há muito trabalho duro e boas pessoas nesta equipe. Estamos tentando manter o máximo possível do staff no trabalho. O mais irônico é que não conseguiremos este prêmio de 40 milhões de libras se o sonho morrer. Mas este é um elemento atraente para potenciais investidores. Nós administramos cinco temporadas sem esse dinheiro”, afirmou John Booth.
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