Dono da Manor atribui retorno à F-1 a Bianchi: "Luta dele é nossa também"
De volta à Fórmula 1 depois da grave crise financeira dos últimos meses, a Manor se prepara para colocar seus carros na pista pela primeira vez no GP da Malásia – por problemas no software dos motores, a equipe não conseguiu correr na Austrália.
Se há pouco tempo o retorno parecia impossível, agora não mais. E há um responsável por isso: o francês Jules Bianchi. De acordo com John Booth, dono da escuderia, os dois primeiros pontos da história da equipe, conquistados quando o piloto alcançou o nono lugar no GP de Mônaco de 2014, fizeram com que fosse possível atrair novos investidores depois da saída da Marussia.
Atualmente, Bianchi segue inconsciente por conta do grave acidente sofrido no GP do Japão, no último mês de outubro.
“Eu penso em Jules praticamente todos os dias. Queria que ele estivesse aqui para partilhar a nossa alegria de estar de volta à F-1. Ainda não conseguimos colocar os carros na pista, mas já vencemos nossa batalha. E queria que Jules também vencesse a dele. Sem ele, sem os dois pontos que ele marcou, não estaríamos de volta. Foram esses pontos que convenceram os novos investidores da equipe. Penso em Jules, e também no que o pai dele, Philippe, me disse nos corredores do hospital, que temos que encontrar uma maneira de continuar. Nós sempre estaremos ao seu lado”, afirmou Booth, em entrevista para a revista francesa “Auto Hebdo”.
No último mês de novembro, Bianchi foi transferido do Centro Médico Geral de Mie, em Yokkaichi, no Japão, para o Centro Hospital Universitário de Nice, na França. No último comunicado divulgado pela família, em dezembro, as informações eram de que o francês trava uma “dura batalha” para sobreviver.
“Estar na F-1 é a nossa maneira de dizer a Jules que a corrida não termina até que a bandeira quadriculada seja agitada. Não sei se a nossa presença no grid pode servir de ajuda para Philippe e sua esposa, mas gostaria que fosse assim. Por mais pequena e insignificante que seja. Jules sempre foi e sempre será uma inspiração para nós. A forma como ele conduziu a sua vida é o maior exemplo. Sua luta também é nossa, como a nossa era dele. Nossos destinos continuarão cruzados. Jules, esta equipe está com você”, completou.
A última corrida da Manor na Fórmula 1 aconteceu no GP da Rússia da última temporada, ainda com o nome de Marussia. Por conta dos problemas financeiros, a equipe ficou fora de três etapas: Estados Unidos, Brasil e Abu Dhabi. Booth garantiu que Roberto Merhi e Will Stevens, pilotos titulares da escuderia, conseguirão correr na Malásia.
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