Tradicionais, França, Itália e Áustria vivem só de glórias passadas na F-1
Os três países estão entre os sete maiores vencedores da história da Fórmula 1 – mas há muito tempo não conseguem emplacar um piloto de destaque. A França é a que vive o maior jejum: não vê sua bandeira no lugar mais alto do pódio desde 1996, com Olivier Panis, no GP de Mônaco. Já a última conquista da Áustria foi com Gerhard Berger, em 1997, na Alemanha. E a seca da Itália vem desde o GP da Malásia de 2006, quando Giancarlo Fisichella venceu.
Os franceses também são os únicos dos três a não ter o GP no calendário, desde 2008. E as chances do país voltar a sediar uma prova são poucas, de acordo aquele que atualmente é seu único representante do grid, Romain Grosjean. “Sabemos que há países que pagam muito dinheiro para receber a Fórmula 1 e a França não é o que costumava ser. Não é tão rica. Temos uma política diferente, não sei muito sobre isso.”
Grosjean se refere à relutância do governo de seu país em apoiar financeiramente o automobilismo, algo ligado a questões ambientais e também, claro, ao baixo crescimento do país nos últimos anos, fazendo com que o investimento fique restrito a áreas mais prioritárias. Um retorno francês dependeria diretamente da iniciativa privada, mas isso parece longe do horizonte no momento.
Itália e Áustria, por outro lado, marcam presença no calendário e nos investimentos, sobretudo de Ferrari e Red Bull. Porém, faltam pilotos.
No caso italiano, o espaço que a própria Ferrari ocupa no imaginário do fã de esporte a motor é apontado como fator importante para frustrar a carreira dos pilotos. Pelo menos é o que defende o “último dos moicanos”, Jarno Trulli, que, após a aposentadoria ao final de 2011, jamais viu um compatriota disputar um GP. “Acho que só um piloto italiano pode entender este sentimento porque a Ferrari é um time único. É um mito e como italiano temos de ter orgulho, porque nada se aproxima do que a Ferrari é mundo afora. Mas, infelizmente, isso faz da vida de qualquer piloto italiano algo mais difícil”, acredita o piloto, que disputou 252 GPs em 15 temporadas na F-1.
"Refiro-me não apenas à Fórmula 1, mas ao automobilismo em geral. Quando você nasce, ninguém pensa na F-1, pensa somente nos carros vermelhos e é isso que a F-1 significa a uma família italiana. E isso, de certa forma, tira muito a atenção para o automobilismo e jovens pilotos.”
No caso austríaco, o envolvimento do país com a Fórmula 1 é tradicionalmente maior do que a presença de pilotos no grid. Foram apenas 17 pilotos na história, a maioria na década de 1970, sendo que o último a competir na categoria foi Christian Klien, em 2010.
No entanto, os austríacos andam em alta entre os comandantes da categoria: três dos homens mais poderosos atualmente vêm do país. São eles os chefes da Mercedes, Toto Wolff e Niki Lauda, e o consultor da Red Bull, Helmut Marko. Após o retorno ano passado, por meio de investimento alta da Red Bull, o GP austríaco também é um dos que tem atraído o maior público na temporada.
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